Policiais da Delegacia de Roubos e Furtos de Várzea Grande prenderam 13 pessoas durante a Operação Tormenta, desencadeada na manhã de hoje (22), e que desarticulou uma quadrilha especializada em assaltos a residências, veículo e também em roubos a armas de empresas de segurança.
Os dois suspeitos apontados pela polícia como chefe do esquema já estavam presos – Tiago Ribeiro de Souza, o “Tiaguinho” e Diomar Gonçalo Souza, ambos de 20 anos, já estão Cadeia Pública do Capão Grande.
Também foram presos Eduardo Pereira Cabral, de 19, Joelson Nunes Rondon, de 23, Edilson do Carmo Silva, de 19, , Laiza Correa de Liza, de 22, Claudinei Vieira da Silva, de 23, Jackson da Costa Lobão, de 22, e Wissleyhonnie Fernando de Freitas, de 23.
Os acusados Diego da Silva Santos, de 26, Bismarque Costa Nazario Nunes, de 19, Welison Leite de Barros, de 21 anos, e Claudinei Vieira da Silva, de 23 ainda estão foragidos.
"Tiaguinho" e Diomar são acusados de usarem, da cadeia, celulares para enviar as coordenadas de onde os demais integrantes do bando deveriam assaltar. Os locais já tinham sido verificados antes pelos integrantes do bando. E nem todos os suspeitos haviam praticado crimes juntos.
Conforme as investigações, em 45 dias, o bando praticou 53 assaltos em Várzea Grande. Pela projeção dos policiais, chegariam a 213 até o final do ano.
“São números que baseamos na média diária, o que dá mais de um roubo por dia”, explicou o delegado Wagner Bassi Júnior.
O delegado explicou que as investigações iniciaram no início de março, semanas após a prisão de Tiago, preso no dia 26 de fevereiro, pois estava com a prisão preventiva decretada. Em novembro do ano passado, ele foi acusado do assassinato de uma criança de três anos quando tentava matar o tio do menino. Depois, ele foi no velório da criança, ainda atrás do tio do garoto.
Diomar foi preso no dia 12 de junho pelos policiais da Derf quando tentava resgatar Tiago, próximo do Forum Criminal de Várzea Grande, onde iria para uma audiência. Com Diomar, foi preso Hujornda Flávio Muniz.
Armas e HTs
As investigações apontam que os armamentos dos bandidos eram obtidos por meio de assaltos a vigilantes de empresas de segurança particular. No dia 7 de junho, os bandidos roubaram o canteiro de obras da Arena Pantanal, na Capital, e roubaram um revólver de um dos seguranças.
“Descobrimos que essa arma foi usada em outros assaltos”, explicou o delegado.
Para conseguir praticar tantos assaltos e ficar impunes, utilizavam radiocomunicadores, os chamados HT, na frequência da Polícia. Com isso, durante os assaltos, conseguiam monitorar a ação policial e fugiam com facilidade.
“Os crimes eram planejados, principalmente com a identificação de pontos comerciais, residência em que havia a certeza de encontrar joias e veículos”, completou o delegado.
Os bandidos também chegaram a praticar roubos de motos para extorquir as vítimas, conseguindo dinheiro rápido.
No dia 7 de junho, assaltaram um mercadinho no bairro Jardim Glória, onde os ladrões chegaram a atirar, atingindo o proprietário, que foi baleado, mas sobreviveu.
