Cuiabá, Sábado, 5 de Julho de 2025
"É IMPOSSÍVEL"
16.03.2022 | 14h58 Tamanho do texto A- A+

Polícia descarta estupro de adolescente na Praça Rachid Jaudy

No dia, hora e local indicados pela suposta vítima, ela não aparece em câmeras de monitoramento

Reprodução

A Praça Rachid Jaudy está localizada no centro da Cidade

A Praça Rachid Jaudy está localizada no centro da Cidade

LIZ BRUNETTO
DA REDAÇÃO

A Polícia Civil concluiu o inquérito que investigou o suposto estupro de uma adolescente de 14 anos na Praça Rachid Jaudy, no Centro de Cuiabá, e descartou que o crime tenha sido cometido no local.

 

O estupro, de acordo com a versão apresentada pela jovem, foi cometido por dois homens por volta das 15h30, no dia 8 de fevereiro.

 

Segundo o delegado Fabrício Pagan, da Delegacia Especializada de Defesa dos Direitos da Criança e do Adolescente (Deddica), é “impossível” que a menor tenha sido estuprada no dia, hora e local em que disse.

 

“A gente concluiu a investigação no sentido de que não ocorreram esses fatos, naquele local, na data e horário mencionados pela adolescente”, disse.

 

“Ela não aparece nas imagens nesse horário, inclusive tinha uma viatura da Polícia Militar na Praça durante todo o período em que ela narra que aconteceram os fatos. É impossível ter acontecido da forma como ela narrou”, complementou.

 

Após a conclusão, o inquérito foi encaminhado ao Ministério Público e para a Delegacia Especializada do Adolescente (DEA), que investigará se houve crime análogo à denunciação caluniosa ou falsa comunicação de crime por parte da menor.

 

O trajeto

 

Foram analisadas as imagens de câmeras de segurança no suposto trajeto percorrido pela jovem e ela não aparece em nenhuma delas, no dia e horário apontados.

 

Conforme o boletim de ocorrência, a adolescente disse que descia a Avenida Isaac Póvoas, em direção ao terminal da Bispo, quando teria sido abordada por dois homens ao chegar na praça.

 

Ela chegou a descrever algumas vestes e até uma tatuagem de um dos agressores.

 

Depois do crime ela teria ficado sem ação e paralisada, pegando uma condução para casa por volta das 19h.

 

As investigações, no entanto, mostram que a jovem, no horário em que disse ter sido vítima do crime.

 

“Ela pega um transporte publico em direção ao Coxipó, exatamente nesse horário de 15h30, e isso foi comprovado, ela desembarca depois em outra localidade”.  Ela pega uma nova condução, dessa vez para casa, por volta das 19h e liga para a mãe contando sobre os abusos.

 

A Polícia não descarta a possibilidade de a menor ter sido violentada no trajeto, no entanto, se o crime foi cometido, ele não aconteceu na Praça Rachid Jaudy nas circunstâncias inicialmente apresentadas pela jovem.

 

“Foi requisitado exame pericial, mas ainda não temos conhecimento se houve alguma lesão nesse sentido de estupro, pode também ter havido algum relacionamento consentido”.

 

Somente a partir da conclusão dos exames periciais é que poderá se constatar se de fato houve estupro ou até mesmo uma relação sexual consentida.

 

Leia Mais sobre o assunto em:

Adolescente é estuprada por dois homens no centro de Cuiabá

 

 

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Daniel  17.03.22 07h38
Onde estão as feministas que queriam mudar o nome da praça.
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