A Polícia Civil concluiu que a representante comercial Ana Cláudia Flor prometeu R$ 60 mil ao executor do assassinato de seu marido, o empresário Toni da Silva Flor.
Ela foi presa nesta quinta-feira (19), durante a Operação Capciosa, deflagrada por policiais da Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP).
Toni foi assassinado no dia 11 de agosto do ano passado em frente a uma academia no Bairro Jardim Santa Marta.
Apesar de Ana Cláudia ter negado a autoria do crime, segundo o delegado Marcel Oliveira, as provas indicam o contrário.
Com a prisão do primeiro suspeito na semana passada, o cerco teria se fechado. Desde o início, mesmo que sem a Polícia Civil divulgar à imprensa, Ana Clara já era investigada como suposta mandante.
De acordo com o suspeito preso, Ana Cláudia teria prometido pagar o montante de R$ 60 mil a ele. No entanto, do valor acordado, apenas um terço - R$ 20 mil - teria sido quitado.
Conforme o delegado, as negociações teriam sido realizadas por meio de videochamada, na qual os dois intermediários - também presos esta manhã - estavam presentes.
Diferente do que havia sido divulgado inicialmente, o suspeito, desde que foi preso, confessou e deu com riqueza de detalhes informações sobre o crime, conforme o relato do delegado.
Motivação
“A investigação apresenta diversos elementos que colocam ela [Ana Cláudia] como a mandante direta da morte do Toni”, alegou o delegado.
Ele citou ainda que uma das principais linhas de investigação para a motivação do crime seria a herança do marido. A outra motivação, conforme o delegado, teria a ver com o fato de Ana Cláudia ter um ou mais amantes.
“Ele [Toni] tinha uma empresa de representação comercial muito forte, responsável pelo abastecimento de diversos supermercados da cidade. Era uma pessoa financeiramente estável com uma renda entre R$ 15 mil e R$ 25 mil”, completou o delegado, citando os diversos bens da vítima.
Assim que o empresário morreu, a documentação da herança estava muito avançada, levantando ainda mais suspeitas sobre a representante comercial.
Marcel relata que cada um dos envolvidos teria tido uma função no assassinato, desde conseguir a arma usada para matar o empresário, atirar nele, ou se desfazer da arma.
Segundo o delegado, apesar das muitas descobertas sobre o caso, ainda há detalhes a serem decifrados, como as ligações exatas entre os suspeitos.
Relembre o caso
O empresário foi assassinado no dia 11 de agosto de 2020 enquanto chegava para malhar na academia.
O atirador o aguardava na frente do local e realizou os disparos assim que a vítima desceu do seu carro. Quatro dos cinco tiros acertaram-no.
Na época, a principal hipótese era a de que Toni havia sido confundido com um policial federal. Essa versão, no entanto, foi descartada após a prisão do primeiro suspeito, que aconteceu no dia 10 de agosto deste ano.
O homem assumiu a autoria, mas negou ter confundido a vítima com outra pessoa. Toni seria o único alvo do homicídio.
A hipótese de engano teria surgido enquanto a vítima era socorrida. Toni disse que “não devia nada a ninguém” e que como o policial federal tinha um carro parecido com o seu, o alvo poderia ser ele.
Ana Cláudia, ao chegar na delegacia, negou aos jornalistas ter qualquer tipo de participação no assassinato, alegando que ainda pede justiça pelo marido.
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1 Comentário(s).
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joão 19.08.21 20h30 | ||||
Parabéns a equipe da Policia Civil pelo excelente trabalho realizado. | ||||
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