A Polícia Civil concluiu, na última quinta-feira (12), o inquérito policial que apurou o feminicídio de Vânia Cristina Benini, de 40 anos, ocorrido no dia 5 de junho deste ano, na zona rural de Ribeirãozinho.
Conforme a Polícia Civil, o crime, qualificado pela violência e premeditação, foi praticado por Yuri Alexandre Rodrigues da Silva, de 28 anos, preso em flagrante logo depois dos fatos. A vítima estava grávida de seis semanas, e o suspeito teria agido por rejeitar a gestação.
A delegada Ana Carolinne Lacerda, responsável pela condução da investigação do caso, indiciou o suspeito pelo crime de feminicídio qualificado (crime hediondo), com agravante pela gravidez da vítima e aborto provocado sem consentimento.
As investigações revelaram que o crime ocorreu no início da manhã, quando a vítima se deslocava para o trabalho.
O suspeito, que mantinha uma relação extraconjugal com a vítima, a abordou em uma emboscada e desferiu múltiplas facadas, uma delas direcionada ao abdômen, onde o feto estava localizado. De acordo com testemunhas e evidências, o ato foi motivado pela recusa da vítima em realizar um aborto, conforme exigido pelo suspeito.
O autor foi localizado pouco depois em sua residência, com vestígios de sangue nas roupas e no corpo, além de sua motocicleta ainda quente, sugerindo recente deslocamento. Ele confessou parcialmente o crime durante o interrogatório e alegou uma discussão prévia com a vítima. A investigação também apurou que a faca utilizada foi adquirida pelo suspeito no dia anterior, reforçando a tese de premeditação.
O inquérito inclui relatos de testemunhas, imagens de câmeras de segurança e registros periciais. Informalmente, os peritos apontaram 39 golpes desferidos contra a vítima, caracterizando extrema violência.
Com base nas provas reunidas, o inquérito foi encaminhado ao Ministério Público para oferecimento de denúncia. O suspeito permanece em prisão preventiva.
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