Por pouco, sete assaltantes de banco presos conseguiriam escapar da Penitenciária Central do Estado, no bairro Pascoal Ramos, em Cuiabá, entre eles, um dos contatos da organização criminosa Primeiro Comando da Capital (PCC) em Mato Grosso.
O esquema de fuga montado pelos detentos só falhou porque o gerador do presídio funcionou após um blecaute provocado e policiais militares flagraram os criminosos no telhado. Os presos chegaram a cortar uma barra da grade para sair.
A tentativa de fuga do antigo presídio Pascoal Ramos ocorreu no sábado (12) de madrugada e só foi divulgada na segunda-feira (14) por alguns agentes prisionais.
Na lista dos detentos estão assaltantes de banco presos recentemente pela Gerência de Combate ao Crime Organizado (GCCO), que desarticulou uma das facções do crime organizado em Mato Grosso.
Tentaram fugir Jackson Alves da Silva, apontado pela polícia como contato do PCC no Estado, e mais dois participantes de assalto à agência do Banco do Brasil de Nova Mutum, ocorrido no dia 2 julho - Paul Alves de Souza e Severino Rodrigues da Silva, o "Ceará" (que usa o nome de José Hamilton da Silva).
A lista se completa com Eder Felipe Silva, Anderson Cavalcanti Silva, Edson Pereira Rosa e Bruno Saraiva que teriam praticado crimes considerados menores e aproveitado a ocasião para também tentar a fuga.
Segundo a polícia, o esquema previa um blecaute e, após cerca de meia hora do apagão, os presos não seriam mais encontrados. A queda de energia ocorreu por volta das 3 horas, mas o gerador foi ligado em seguida, o que acabou evitando a fuga.
No início da semana, a Secretaria de Justiça e Direitos Humanos (Sejdh) instaurou sindicância para investigar a tentativa de fuga, pois existem fortes suspeitas de que tenha havido facilitação por parte de servidores do presídio. E num esquema desses não haveria a participação somente de uma pessoa, mas a conivência de muitas.
Como se trata de presos com "alto poder aquisitivo", existem fortes suspeitas de que eles tenham desembolsado um alto valor para conseguir fugir e que ainda parecesse um fato verídico.
"Foi sincronizado, pois o pouco tempo do apagão foi suficiente para que toda essa quantidade de detentos conseguisse sair das celas", observou um agente prisional. Ele acredita que a barra de ferro das grades do raio 3 já estivessem previamente serradas.
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