O vereador Marcos Paccola, autor dos três disparos que mataram o agente socioeducativo Alexandre Miyagawa, de 41 anos, na última sexta-feira (1), em Cuiabá, afirmou que após ter sacado a arma, não teve outra alternativa.
Questionado se não poderia ter atirado no braço, ou na perna do agente, ou até mesmo desarmá-lo, ele disse: “Não, as pessoas têm que parar de achar que atividade policial é filme de Hollywood".
"A intervenção é você neutralizar a injusta agressão com os meios necessários e disponíveis, e foi o que eu fiz no momento”, afirmou.
Paccola agiu em uma confusão que aconteceu em frente a uma distribuidora de bebidas, localizada atrás do restaurante Choppão. Minutos antes, a esposa de Miyagawa entrou com seu carro pela contramão.
À imprensa o parlamentar, que também é tenente coronel da reserva, deu detalhes de como tudo aconteceu e afirmou que só interviu com o intuito de proteger a mulher.
“Como técnico no assunto homem não saca arma para ameaçar mulher, Geralmente quando a ameaça é física, é verbal e quando um homem saca uma arma é para executar. Normalmente executa e foge ou executa e se suicida”, explicou.
Tudo aconteceu muito rápido e ele conta que teve entre 3 e 5 segundos para decidir o que fazer.
“Da hora que eu saco a arma pra hora que acontece a situação deve ter acontecido tudo em 3 ou 5 segundos”, disse.
Como tudo aconteceu – versão Paccola
O parlamentar conta que passava pelo local a caminho de um compromisso e resolveu parar ao perceber um tumulto na esquina do estabelecimento.
Ele disse ter se aproximado das grades do estabelecimento e perguntado a algumas pessoas o que estava acontecendo.
“Até então era uma discussão com gente se xingando: ‘noiado, filho da puta’, parecia uma discussão de embriaguês”.
Ele ainda disse que comentou com seu assessor: “É um sem futuro”, se referindo a uma “briga de bêbados”.
Quando estava prestes a voltar para o carro ouviu alguém gritando: “Cuidado que ele está armado”.
Rafael Medeiros
Agente socioeducativo morto após ser alvejado por tiros de vereador
Ai ele se aproxima da esquina que dava acesso à confusão e ouve outro comentário: “Vai matar ela”.
“Quando eu olhei ela dá um empurrão no peito e logo e sai na frente dele. Logo em seguida ele saca a arma, foi a hora que eu saquei minha arma”.
Paccola afirma que chegou a verbalizar de quatro a cinco vezes para o agente parar, mas ele não obedeceu.
Quando, segundo a sua versão, Miyagawa abaixa a arma e faz menção de que viraria em sua direção ele decide atirar.
O parlamentar afirma que as análises das imagens comprovaram a sua versão, bem como os elementos da cena do crime. Algumas das imagens já foram divulgadas pela imprensa.
Segundo ele, o próprio fato do agente ter caído de barriga para cima mostra que ele já tinha iniciado o movimento de se virar para ele. Caso contrário ele teria caído de barriga para baixo.
Assim que o agente caiu, Paccola pediu para o assessor recolher a arma da vítima, mas nega que tenha sido no intuito de alterar a cena do crime.
“Jamais, o primeiro princípio é a segurança do local, em qualquer circunstância. A segurança é o primeiro, e depois a questão do isolamento, que com a chegada da polícia foi isolado”.
Ele alegou estar enlutado pela família do agente, mas diz estar convicto de que agiu como deveria.
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Vídeo mostra momento exato em que Paccola atira e mata agente
“Não me arrependo de forma alguma, mas estou entristecido"
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6 Comentário(s).
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Alex r 06.07.22 12h00 | ||||
João se o Agente tivesse baleado alguém e o Paccola levado este ao óbito ele seria herói !! Mas tirando o morto outra pessoa foi baleada? Então amigo fale sobre fatos não sobre SE !!!!!! | ||||
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Marcello Langella 05.07.22 21h48 |
Marcello Langella , seu comentário foi vetado por conter expressões agressivas, ofensas e/ou denúncias sem provas |
Marluce Costa 05.07.22 14h23 |
Marluce Costa, seu comentário foi vetado por conter expressões agressivas, ofensas e/ou denúncias sem provas |
João 05.07.22 12h29 | ||||
E se pessoas tivessem sido alvejadas ou até mortas pela ação desse agente socioeducativo??? | ||||
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Carlos 05.07.22 11h24 | ||||
Pra quem tá de fora é fácil ficar palpitando, pois não estava lá. O negócio é na hora do pega pra capar, ação e reação. Quem nunca perdeu a razão um dia que atire a primeira pedra. Pelo que parece, aqui só tem santo. | ||||
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