Cuiabá, Quinta-Feira, 18 de Setembro de 2025
BLINDAGEM A CONGRESSISTAS
18.09.2025 | 18h25 Tamanho do texto A- A+

A favor de PEC, senador diz que direita sofre “perseguição”

Conforme Wellington, o texto corrige “distorções” e assegura que o mandato seja exercido com “liberdade"

Andressa Anholete/Agência Senado

O senador Wellington Fagundes, que defende PEC da Blindagem

O senador Wellington Fagundes, que defende PEC da Blindagem

CÍNTIA BORGES
DA REDAÇÃO

O senador Welligton Fagundes (PL) afirmou que defenderá a aprovação da PEC da Blindagem no Senado, por entender que a direita sofre “perseguição política” no País.

 

O texto, aprovado na Câmara dos Deputados e que já está no Senado, estabelece que deputados e senadores somente poderão ser processados criminalmente após aval da Casa do parlamentar, a depender do caso.

 

Hoje, no Brasil, existem dois pesos e duas medidas. A esquerda pode nos atacar livremente e nada acontece. Já com parlamentares de direita, basta abrir a boca para sermos perseguidos, cassados ou até presos

“O motivo desse apoio é claro: hoje, no Brasil, existem dois pesos e duas medidas. A esquerda pode nos atacar livremente e nada acontece. Já com parlamentares de direita, basta abrir a boca para sermos perseguidos, cassados ou até presos”, disse o senador, em nota à imprensa.

 

Conforme Wellington, a PEC corrige “distorções” e assegura que o mandato seja exercido com “liberdade, sem medo de perseguições políticas”.

 

Ele ainda rebateu as alegações de que o projeto representa uma “blindagem para criminoso”.

 

“Quando houver um deputado ou senador que realmente mereça ser punido, eu não hesitarei em votar pela condenação, como sempre fiz. A diferença é que agora a decisão será tomada dentro da própria Casa Legislativa, conforme prevê a Constituição, e não apenas por decisão unilateral do STF”, afirmou.

 

Welligton admitiu também que a tramitação no Senado enfrentará mais resistência. Para tanto, citou declarações como a do presidente da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), senador Otto Alencar.

 

Na última terça-feira (16), Otto afirmou ser contra o texto e disse que “irá atuar para barrar seu avanço”.

 

Após a aprovação do texto na Câmara, líderes do PT, PSB e PSOL na Câmara acionaram o Supremo Tribunal Federal (STF) contra a aprovação da PEC.

 

Veja nota do senador Wellington na íntegra:

 

"Quero registrar que a maioria da bancada do meu partido votou favorável à proposta. Dos 99 deputados, 83 acompanharam a orientação partidária — o PL foi uma das poucas bancadas sem divisões internas nesse tema, assim como partidos do chamado Centrão.

 

O motivo desse apoio é claro: hoje, no Brasil, existem dois pesos e duas medidas. A esquerda pode nos atacar livremente e nada acontece. Já com parlamentares de direita, basta abrir a boca para sermos perseguidos, cassados ou até presos.

 

Essa PEC vem para corrigir distorções e assegurar que o mandato seja exercido com liberdade, sem medo de perseguições políticas. Mas quero deixar bem claro: não se trata de blindagem para criminoso. Quando houver um deputado ou senador que realmente mereça ser punido, eu não hesitarei em votar pela condenação, como sempre fiz. A diferença é que agora a decisão será tomada dentro da própria Casa Legislativa, conforme prevê a Constituição, e não apenas por decisão unilateral do STF.

 

É evidente que o tema encontrará grande resistência no Senado. Já se percebe pelas declarações de lideranças como o presidente da CCJ, senador Otto Alencar, que a tramitação não será simples. Por isso, vamos debater amplamente, ouvir o partido e avaliar os caminhos, antes da pauta chegar por aqui!"

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