O prefeito Abilio Brunini (PL) afirmou que levará mais de dois anos para conseguir estabilizar os cofres da Prefeitura após as dívidas deixadas pelo seu ex-prefeito Emanuel Pinheiro (MDB). De acordo com a equipe econômica, são R$ 2,4 bilhões em dívidas.
Abilio esteve na manhã desta quarta-feira (9) na sede do Tribunal de Contas do Estado (TCE-MT) para apresentar um balanço dos seis primeiros meses à frente do Palácio Alencastro.
Segundo ele, o decreto de calamidade financeira se encerrou no último dia 3 de julho, mas isso não significa que sua gestão irá finalizar o corte de gastos
“É o fim do decreto, mas a austeridade, a necessidade de controle, do corte de gastos e a nossa preocupação com a economia continua. Não vamos conseguir resolver esse problema em menos de dois anos”, disse.
Segundo Abilio, a decisão de não prolongar o decreto de calamidade se deve a algumas particularidades da medida, como o fato de que o excesso de contenção prejudica o funcionamento de algumas secretarias, como a de Saúde, uma das Pastas mais afetadas durante a última gestão.
“Fizemos o fim do decreto, permitindo algumas flexibilidades no nosso orçamento, contudo, o ajuste de contas, a contenção, o ‘aperto’ que a gente vai passar ainda se dará por dois anos”, afirmou.
Dívida herdada
Abilio reiterou que recebeu a Prefeitura com R$ 2,4 bilhões em dívidas da administração anterior. Ele, também, apresentou gráficos comparando como Emanuel recebeu a Prefeitura de Cuiabá em 2017 do então prefeito Mauro Mendes.
Nos gráficos, Mendes deixou R$ 104 milhões no caixa da Prefeitura ao fim de 2016, enquanto Emanuel não deixou caixa, mas sim uma dívida de R$ 1,15 bilhão.
Outros números que chamam a atenção são as retenções a pagar, que subiram de R$ 13 milhões deixadas por Mendes para R$ 249 milhões ao fim da era Emanuel. Os restos a pagar também subiram de R$ 62 milhões para R$ 530 milhões. Já a dívida de longo prazo subiu de R$ 647 milhões para R$ 1,6 bilhão.
Além disso, nos últimos três anos, entre 2022 e 2024, as despesas foram maiores que as receitas.
O prefeito também reclamou da LOA (Lei Orçamentária Anual) de 2025, aprovada na Câmara Municipal na legislatura anterior. De acordo com ele, a peça orçamentária para esse ano é superestimada.
“A nossa LOA é superestimada. A LOA de Cuiabá, que tanto lutei para que os vereadores do ano passado esperassem a gente para aprovar este ano, deveria ser uma LOA deficitária, com uma arrecadação menor do que a previsão de despesa. Contudo, para manipular os dados, apresentaram uma LOA equivocada”, disse.
Veja os gráficos:
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