O ministro da Agricultura, Blairo Maggi (PP) retomou o comando do Ministério na manhã nesta sexta-feira (17) e afirmou, em nota pública encaminhada à imprensa, que afastou todos os envolvidos no suposto esquema de venda ilegal de carnes, que veio à tona na manhã de hoje.
Maggi, que havia se licenciado por 10 dias, na última quinta (16), voltou atrás da decisão após a deflagração da Operação “Carne Fraca”, da Polícia Federal, que investiga o esquema.
A ação teve como foco a venda ilegal de carnes por alguns dos principais frigoríficos do país, como BRF, JBS e Seara.
Segundo a PF, a suposta organização criminosa era liderada por fiscais agropecuários do Ministério da Agricultura, que, com o pagamento de propina, facilitavam a produção de produtos adulterados, emitindo certificados sanitários sem fiscalização.
Além de afastar os envolvidos, Maggi disse que determinou a instauração de procedimentos administrativos para a apuração dos fatos.
“Muitas ações já foram implementadas para corrigir distorções e combater a corrupção e os desvios de conduta, e novas medidas serão tomadas. Estou coordenando as ações, já determinei o afastamento imediato de todos os envolvidos, e a instauração de procedimentos administrativos”, disse o ministro.
“Todo apoio será dado à PF nas apurações. Minha determinação é tolerância zero com atos irregulares no MAPA”, completou Blairo.
Operação
Ao todo, foram expedidos 38 mandados de prisão. A Justiça Federal do Paraná determinou o bloqueio de R$ 1 bilhão das investigadas.
O ministro da Justiça, Osmar Serraglio, também é citado na investigação. Ele aparece em grampo interceptado pela operação conversando com o suposto líder do esquema criminoso, o qual chama de "grande chefe".
A investigação apontou o uso de carnes podres, maquiadas com ácido ascórbico, por alguns frigoríficos, e a re-embalagem de produtos vencidos.
Segundo a PF, essa é a maior operação já realizada na história da instituição. Estão sendo mobilizados 1.100 policiais em seis Estados (Paraná, São Paulo, Santa Catarina, Rio Grande do Sul, Minas Gerais e Goiás) e no Distrito Federal.
Leia nota na íntegra:
"Diante dos fatos narrados na Operação Carne Fraca, cuja investigação começou há mais de dois anos, decidi cancelar minha licença de 10 dias do MAPA. O que as apurações da Polícia Federal indicam é um crime contra a população brasileira, que merece ser punido com todo o rigor.
Neste momento, toda a atenção é necessária para separarmos o joio do trigo. Muitas ações já foram implementadas para corrigir distorções e combater a corrupção e os desvios de conduta, e novas medidas serão tomadas.
Estou coordenando as ações, já determinei o afastamento imediato de todos os envolvidos, e a instauração de procedimentos administrativos. Todo apoio será dado à PF nas apurações. Minha determinação é tolerância zero com atos irregulares no MAPA."
Leia mais sobre o assunto:
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1 Comentário(s).
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Rubens 17.03.17 16h05 | ||||
O gado nasce, cresce e come em solo brasileiro. Os americanos comem os melhores cortes bovinos e para os brasileiros a sobra. Viva o Brasil. | ||||
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