O deputado estadual Eduardo Botelho (União) afirmou que a manutenção do veto do governador Mauro Mendes ao reajuste de 6,8% dos servidores do Judiciário não representa enfraquecimento da Assembleia Legislativa.

A votação, realizada nesta quarta-feira (3), terminou com 12 votos pela manutenção do veto e 10 pela derrubada, três a menos do necessário para garantir o aumento salarial.
“Pegar mal não pega, faz parte, parlamento é isso: Discutir o projeto, aprovar ou não”, afirmou o deputado após o término da sessão.
O reajuste do salário de cerca de 3,5 mil servidores do Judiciário, em nove cargos, e terá impacto no orçamento do tribunal de R$ 42 milhões este ano.
O resultado da votação gerou forte reação entre servidores do Poder Judiciário, que passaram a discutir uma possível greve por tempo indeterminado.
Botelho avaliou que o desfecho não foi completamente inesperado, mas admitiu surpresa com a quantidade de votos favoráveis à derrubada.
“Eu achava que ia ser a diferença muito apertada de um voto, que talvez faltasse um voto, mas deu mais, faltou três votos. Para mim, foi surpresa o número baixo de votos”, disse.
Apesar de negar um prejuízo à Casa, o deputado reconheceu que o resultado evidencia o peso do Governo do Estado dentro do Parlamento.
“Eu não diria que pega mal, mas que demonstra a força do governo, não resta dúvida, não tem nem o que discutir, é lógico que demonstra sim a força que ele tem”, afirmou.
Ao comentar a insatisfação dos servidores, que apontaram sentimento de traição por parte de alguns parlamentares, Botelho disse não saber quem teria criado expectativas de apoio.
“Eu disse que ia votar e votei. Meu parecer foi pela derrubada, votei pela derrubada, mas não sei quem que deu essa garantia para eles”.
Veto do governador
O governador Mauro Mendes defende não conceder aumento porque criaria efeito em cascata aos demais Poderes e custo adicional de R$ 1,6 bilhão.
Nas justificativas do veto, alegou que o projeto de lei é materialmente inconstitucional e viola uma série de normas fiscais e orçamentárias.
“A alteração isolada das tabelas remuneratórias do Poder Judiciário tende a desencadear pressões de equiparação em todos os demais Poderes e funções”, disse o governador.
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