O cabo da Polícia Militar Gerson Correa entregou um documento para o juiz Marcos Faleiros, da 11ª Vara Criminal de Cuiabá, listando 15 operações que, segundo ele, foram realizadas com o uso de grampos ilegais pelo Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado).
A entrega foi feita durante seu reinterrogatório na tarde desta quarta-feira (17).
Segundo o cabo, entre as operações está a Rêmora – que desarticulou um esquema de fraudes em diversas licitações da Secretaria de Estado de Educação (Seduc) para construção e reforma de escolas durante o governo de Pedro Taques (PSDB).
Entre os alvos da operação está o ex-secretário de Estado de Educação Permínio Pinto, os ex-servidores da Pasta, Fábio Frigeri e Wander Luiz dos Reis, além dos empresários Alan Malouf e Giovani Guizardi.
Gerson citou que a prática também teria ocorrido na Operação Seven, que apurou esquema que consistiu no desvio de R$ 7 milhões do Estado, concretizado por meio da compra de uma área rural de 727 hectares na região do Lago de Manso, em Chapada dos Guimarães.
Nesta operação foram alvos, o ex-governador Silval Barbosa, o procurador aposentado do Estado, Francisco Gomes de Andrade Lima Filho, o “Chico Lima”, o ex-secretário de Estado Pedro Nadaf e outros.
Gerson explicou que as interceptações ilegais aconteciam da seguinte forma: “Os promotores pegavam uma ordem judicial cuja investigação é contra a Assembleia Legislativa, por exemplo, e utilizavam dessa autorização para colher outros dados de outros investigados em outros procedimentos investigadores”.
“Eu trouxe aqui cerca de 15 exemplos para serem investigados, que são exemplos que demostram a barriga de aluguel de outra modalidade, eu diria”, disse.
"Não vou narrar sobre isso, mas cito por exemplo, a Operação Xeque-Mate, Salvitena, Ethôs, Poconé, Fazendeiro/Aquiles, Caso Joanísio Rosa de Moraies, Operação Chacal, a Operação Rêmora, a Operação Seven, são várias investigações em que aconteceram essa prática ilícita de captação desses dados utilizando para tanto ordens judiciais diversas”, afirmou.
Leia mais:
Cabo: Gaeco fazia "pirotecnia" e maculava a imagem de alvos
Entre no grupo do MidiaNews no WhatsApp e receba notícias em tempo real (CLIQUE AQUI).
1 Comentário(s).
|
José 18.07.19 09h28 | ||||
Tudo isso é uma vergonha! | ||||
|