Cuiabá, Sexta-Feira, 5 de Dezembro de 2025
SUPOSTA PROPINA
27.02.2024 | 11h00 Tamanho do texto A- A+

Câmara de Diamantino abre processo que pode cassar prefeito

Manoel foi gravado recebendo dinheiro de empresário que prestava serviços no Município

Montagem

O prefeito Manoel Loureiro, que foi gravado contando dinheiro supostamente de propina

O prefeito Manoel Loureiro, que foi gravado contando dinheiro supostamente de propina

CÍNTIA BORGES
DA REDAÇÃO

A Câmara de Diamantino criou, na noite desta segunda-feira (27), uma comissão processante para analisar a suposta quebra de decoro do prefeito Manoel Loureiro Neto (MDB), acusado de receber propina. O procedimento pode levar à cassação do emedebista.

 

Em agosto do ano passado, vídeos de Manoel contando dinheiro que seria proveniente de propina vieram à tona. 

 

A comissão foi criada após o Legislativo aceitar, por cinco votos a quatro, a denúncia de cidadã diamantinense Maria de Fatima Simonini Molina contra o prefeito no dia 5 de fevereiro. 

 

Na denúncia, a mulher apontou que as acusações feitas contra o prefeito são “graves e não merecem passar impune”.

 

O prefeito foi alvo de busca e apreensão em agosto passado, durante operação do Naco (Núcleo de Ações de Competência Originária (Naco), com apoio do Gaeco (Grupo de Atuação Especial Contra o Crime Organizado), ambos ligados ao Ministério Público do Estado (MPE).

 

Durante a sessão foram sorteados os nomes e funções dos membros da comissão. São eles: Michele Carrasco (União), como relatora; Alfredo Keller (PSD), presidente; e José Carlos David (PDT), será membro.

 

Uma tentativa de abertura de comissão processante já havia sido rejeitada pelos vereadores em agosto do ano passado. 

 

Entenda o caso

 

Conforme as investigações do MPE, por diversas vezes, valendo-se do cargo de prefeito, Manoel teria exigido pagamentos de propina do empresário Alessandro Souza de Carvalho, da construtora Monte Alto Ltda, como condição para a autorização e liberação dos valores devidos pelo Município.

 

O empresário afirmou às autoridades que os valores exigidos eram entregues em espécie ao prefeito ou ao seu motorista, Fernando Tenório, “pessoa de confiança do prefeito que ficava encarregado de arrecadar a propina na ausência do seu chefe”.

 

Alessandro destacou que as exigências se agravaram em meados de 2022, quando o prefeito teria insinuado que os procedimentos licitatórios vencidos pela empresa continham irregularidades.

 

Para corroborar suas declarações, ele apresentou ao MPE conversas extraídas do aplicativo de mensagens WhatsApp; arquivos de áudios em que são ajustados dias e horários para o recebimento dos montantes exigidos; vídeo em que o prefeito confere o dinheiro e vídeo em que uma quantia é entregue nas mãos de Fernando Tenório, que se compromete a repassar ao prefeito.

 

Veja vídeo divulgado à época:

 

 

Leia mais sobre o assunto:

 

Pelo WhatsApp, prefeito agendava local para pegar propina

 

Pagamento foi realizado no consultório do prefeito, diz empresário

 

Entre no grupo do MidiaNews no WhatsApp e receba notícias em tempo real (CLIQUE AQUI).




Clique aqui e faça seu comentário


COMENTÁRIOS
1 Comentário(s).

COMENTE
Nome:
E-Mail:
Dados opcionais:
Comentário:
Marque "Não sou um robô:"
ATENÇÃO: Os comentários são de responsabilidade de seus autores e não representam a opinião do MidiaNews. Comentários ofensivos, que violem a lei ou o direito de terceiros, serão vetados pelo moderador.

FECHAR

denisio tavares  27.02.24 15h14
Parabéns pra esses Vereadores que Votaram contra a Abertura da CPI, eles vão ter o que merece em Outubro....
7
5