Presidente da Câmara de Cuiabá, o vereador Chico 2000 (PL) afirmou nesta terça-feira (21) que o prefeito Emanuel Pinheiro (MDB) tem travado a execução de R$ 30 milhões em recursos de emendas destinadas à realização de cirurgias eletivas (sem urgência) na Capital.
O recurso, de acordo com Chico 2000, seria suficiente para zerar a fila de cerca de 8 mil pessoas à espera de uma cirurgia eletiva em Cuiabá. No entanto, Emanuel insiste em tratar a Saúde como uma “caixa preta”, diz o presidente.
“Nós conseguimos alocar praticamente R$ 30 milhões para realizações das cirurgias eletivas dessa caixa preta, [por] que ninguém consegue enxergar o que existe ali dentro”, disse o vereador durante a sessão do Legislativo municipal.
O presidente da Câmara afirmou que se reuniu com o secretário municipal de Saúde Deiver Teixeira e seu adjunto Paulo Rós para organizar um cronograma de cirurgias nas unidades.
“Está tudo organizado. Só dependendo de uma informação do prefeito municipal de Cuiabá, que foi pedida há 40 dias, que é um cronograma financeiro de pagamento dessas cirurgias eletivas, que refere-se ao pagamento das emendas dos vereadores alocadas com esse fim”, disse.
“Infelizmente, não temos retorno do Executivo. Diversas vezes a cobrança ocorreu. A resposta é de que estará conversando com o secretário de Saúde a fim de fazer a programação. Mas nós já estamos entrando no mês de junho e não houve resposta”, reclamou.
Intermediação
Por conta da demora, Chico 2000 solicitou ao líder de Emanuel na Câmara, vereador Marcrean Santos (MDB), e ao vice-líder Renivaldo Nascimento (PSDB) que intermediassem a conversa, pois está cansado de insistir no assunto com Emanuel.
"Deste assunto eu não o procuro mais para tratar. [...] Eu tenho muitos assuntos para tratar e não tenho tempo para ficar repetindo e tratando 100 vezes do mesmo assunto”, disse.
A Saúde municipal é o principal gargalo da gestão Emanuel, que sofreu nos últimos sete anos com diversas operações policiais por conta da corrupção. No ano passado, a Pasta sofreu intervenção e ficou 9 meses e meio sob comando do Governo do Estado.
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