Cuiabá, Segunda-Feira, 16 de Junho de 2025
SUSPEITAS NA SAÚDE
13.03.2023 | 07h00 Tamanho do texto A- A+

CPI vai fazer varredura em contratos da Saúde de Cuiabá

O objetivo é fazer “pente fino” a fim de identificar supostos abusos ou contradições nos contratos

Reprodução

O vereador Demilson Nogueira, que irá presidir a CPI dos Contratos da Saúde

O vereador Demilson Nogueira, que irá presidir a CPI dos Contratos da Saúde

GUSTAVO CASTRO
DA REDAÇÃO

O vereador Demilson Nogueira (PP), presidente da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI), afirmou vai que fará uma "varredura" nos contratos e pagamentos feitos pela Secretaria Municipal de Saúde (SMS) para a Empresa Cuiabana.

Nós vamos procurar conhecer algumas situações contratuais e formas de pagamento que aconteceram até o dia 31 de janeiro

 

O objetivo é identificar supostos abusos ou contradições nos contratos desde 2020, durante a pandemia da Covid-19.

 

“Nós vamos procurar conhecer algumas situações contratuais e formas de pagamento que aconteceram até o dia 31 de janeiro. Vamos buscar fiscalizar a partir do dia 1º de janeiro de 2020, tanto a Secretaria de Saúde quanto a Empresa Cuiabana de Saúde”, revelou o vereador em entrevista ao MidiaNews.

 

“Estaremos focados em conhecer esses pagamentos, formas de pagamento, algumas adesões de licitação, as dispensas de licitação, enfim, vamos buscar os contratos administrativos até chegar aos pagamentos”, acrescentou.

 

Operação

 

O vereador ainda comentou sobre o setor ser alvo de mais uma fase da Operação Hypnos.

 

A nova operação foi deflagrada na manhã de quarta-feira (8) e resultou na prisão de duas pessoas ligadas à Prefeitura de Cuiabá.

 

Para Demilson, a situação era “previsível”, já que a primeira fase, que resultou na prisão do ex-secretário de Saúde, Célio Rodrigues, mostrou que havia uma organização criminosa que desviou recursos da Secretaria Municipal e ECSP.

 

“Era previsível, porque o ex-secretário Célio, que já está preso, ele não fez sozinho. Naturalmente iriam aparecer os comparsas dele nessas ações porque ele não fez só”, afirmou.

 

“Do que eu li, o Eduardo estava obstruindo e carregando documentos para casa com o objetivo de destruir o andamento das investigações. E não tinha como. Já o dono da Remocenter também faz parte da coisa. Ele era o sujeito passivo dos atos corruptivos, então não tinha como ele ficar fora”, concluiu.

 

A CPI

 

A CPI dos Contratos da Saúde foi proposta pelo próprio Demilson. Segundo o parlamentar, a falta de zelo com a Saúde já foi reconhecida pelo desembargador do Tribunal de Justiça de Mato Grosso, Orlando de Almeida Perri, no julgamento da ação que pede a retomada da intervenção na saúde da Capital.

 

Conforme o vereador, a saúde de Cuiabá teria a missão de salvar vidas, mas isso não acontece devido ao caos instaurado no setor e a má gestão do prefeito Emanuel Pinheiro (MDB).

 

Na terça-feira (7), a Câmara definiu os membros que apurarão os contratos da Secretaria Municipal de Saúde (SMS) e da Empresa Cuiabana de Saúde Pública (ECSP).

Os seis parlamentares escolhidos fazem oposição a Emanuel Pinheiro e pretendem esmiuçar os contratos suspeitos de corrupção e esquemas.

São eles: Demilson Nogueira (PP), que será o presidente; Maysa Leão (Republicanos), que será a relatora e Michely Alencar (União) ficará como titular.

Já os vereadores Fellipe Corrêa (Cidadania), Sargento Joelson (PSB) e Edna Sampaio (PT) ficaram como suplentes.

A CPI tem prazo de 120 dias para concluir os trabalhos, que podem ser prorrogados por mais 120 dias.

 

Leia mais:

 

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Veja quem são os alvos e quais funções exerciam em esquema

 

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Benedito   13.03.23 09h20
Procurem fazerem uma cpi dos direitos trabalhistas que não pagam aos colaboradores. FGTS e Inss a anos sem pagarem. Quem sai da Ecsp, coitados demoram para receberem suas verbas rescisórias. Férias então…
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