Cuiabá, Quarta-Feira, 16 de Julho de 2025
GABINETE DO CRIME
17.04.2024 | 09h30 Tamanho do texto A- A+

Delegado preso foi candidato a vereador e teve apoio de Romário

Investigação aponta que Geordan Fontenelle, de Peixoto de Azevedo, seria mentor de esquema

Redes sociais

O delegado Geordan Fontenelle, que foi preso nesta quarta-feira

O delegado Geordan Fontenelle, que foi preso nesta quarta-feira

CÍNTIA BORGES
DA REDAÇÃO

O delegado de Peixoto de Azevedo Geordan Fontenelle, preso na Operação Diaphthora na manhã desta quarta-feira (17), foi candidato a vereador em Redenção (PA), cidade a 900km de Belém, nas eleições municipais de 2020.

 

No Pará, Geordan também era delegado da Polícia Civil. À época, filiado ao Podemos, teve apoio do senador Romário. "Nosso candidato a vereador, esse jovem que aceitou o desafio. [...] Em breve quero estar com você visitando Redenção", disse Romário em vídeo divulgado pela propaganda eleitoral do então candidato.

 

Na campanha Fontenelle se intitulava “o delegado do povo” e teve como principal bandeira política a Segurança Pública. O policial recebeu 552 votos e não foi eleito.

 

Dois anos depois, em novembro de 2022 entrou para a Polícia Civil de Mato Grosso por meio de concurso público.

 

Geordan está em estagio probatório – período considerado de experiência no serviço público, portanto ele ainda não tem a estabilidade concedida a servidores.

 

Redes sociais

 

O delegado ainda tem fama de ser midiático. No Instagram, por exemplo, sua conta tem mais de 30 mil seguidores e ele ostenta viagens internacionais.

 

Veja vídeo:

 

 

Veja flyer de campanha:

 

 

Operação Diaphthora

 

A Polícia Civil de Mato Grosso cumpriu dois mandados de prisão preventiva, sete de busca e apreensão e três medidas cautelares na operação. Foram presos o delegado e o investigador.

 

A operação apura um esquema que teria sido montado na delegacia de Peixoto de Azevedo. O delegado é apontado como “mentor e articulador” do esquema.

 

As investigações iniciaram após denúncias recebidas no Núcleo de Inteligência da Corregedoria Geral, que apontavam o envolvimento de policiais civis, advogado e garimpeiros da região de Peixoto de Azevedo.

 

Segundo a Polícia, o caso envolveria situações como a solicitação de vantagens indevidas, advocacia administrativa e ainda o assessoramento de segurança privada pela autoridade policial, caracterizando, conforme a Polícia, a formação e uma associação criminosa.

 

Com o aprofundamento das investigações, foram identificados os servidores envolvidos no esquema. 

 

Leia mais sobre o assunto:

 

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