Deputada: “Esquerda não teve punição quando quebrou o Congresso”

A deputada federal Coronel Fernanda (PL), afirmou que as penas impostas pelo Supremo Tribunal Federal (STF) aos condenados por participação nos atos de 8 de janeiro são "absurdas" e que a Corte não teve o mesmo rigor com pessoas de esquerda que, segundo ela, já depredaram o Congresso.

A turma da esquerda já quebrou o Congresso e não tem nenhum condenado, então são dois pesos e duas medidas aplicadas

“Houve uma extrapolação, não só no caso do Jair Bolsonaro, mas na prisão e nas penas aplicadas para muitas pessoas que estavam ali. Pessoas que não quebraram nada foram condenadas a 14 anos. Uma mulher escreveu uma frase numa estátua, que depois foi lavada com água e sabão, a 17 anos de prisão. Isso é um absurdo”, disse em entrevista ao MidiaNews.

“Que a pessoa tem que ser punida, tem. A turma da esquerda já quebrou o Congresso e não tem nenhum condenado, então são dois pesos e duas medidas aplicadas. O que a gente quer é que as medidas sejam aplicadas de forma justa, coerente, prática e não do jeito que está”, acrescentou.

Coronel Fernanda também garantiu que as pautas da anistia e do impeachment do ministro do STF (Supremo Tribunal Federal), Alexandre de Moraes, são prioridade para a direita bolsonarista no Congresso.

Sobre a anistia, a deputada afirmou que deverá ser pautada após a discussão da PEC (Proposta de Emenda à Constituição) do Foro Privilegiado, que acaba com o mecanismo que garante a deputados e senadores foro especial quando julgados por crimes cometidos durante o mandato.

“As nossas ações estão sendo voltadas para isso [anistia e impeachment], a direita está voltada para isso, é o clamor da população. Então, as Casas têm que entender qual é o clamor do povo brasileiro e alguma coisa precisa ser feita”, emendou. 

Impeachment de ministro

Sobre o impeachment de Moraes, Coronel Fernanda não se aprofundou, já que é uma pauta que compete ao Senado.

“Essa é uma questão exclusiva do Senado, nós deputados federais não temos muita interferência. Mas estamos trabalhando para que esse tema continue firme”.

Entretanto, a deputada não poupou críticas ao ministro. Além do caso do julgamento do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), ela também apontou abusos de Moraes nas condenações dos condenados pelos atos antidemocráticos de 8 de janeiro de 2023 na sede dos Três Poderes em Brasília.

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