O deputado estadual Emanuel Pinheiro (PR) classificou o transporte público de Cuiabá e Várzea Grande de "extremamente limitado e medíocre".
Ele preside a Frente Parlamentar Pró VLT, que será instalada no próximo dia 11, com a presença do prefeito do Rio de Janeiro, Eduardo Paes (PMDB).
“O que queremos é um transporte público de qualidade, voltado para o futuro, e não esse transporte extremamente limitado e medíocre que é oferecido hoje para a população”, disse ao voltar a fazer a defesa da instalação da frente na Assembleia.
Segundo o parlamentar, a frente dará a oportunidade de a sociedade também participar do processo de construção do modal.
Para ele, a implantação do VLT não pode ser apenas uma decisão do governador Pedro Taques (PSDB), mas, sim, uma decisão em conjunto com a sociedade cuiabana e várzea-grandense.
“Essa frente foi criada para ajudar o Governo a levar o melhor para a população. A decisão do VLT há muito tempo deixou de ser uma decisão pessoal do chefe do Poder Executivo e passou a ser uma decisão coletiva, de interesse público e participação efetiva da opinião pública”, disse.
“Chega de nivelar por baixo essa prestação de serviço público para nossa região. Ninguém é obrigado a aceitar um transporte público medíocre apresentado à população, como o sistema de transporte coletivo é hoje, e achar que está bom, que é isso mesmo, que já está quebrando o galho da população”, afirmou.
Outra consultoria
Entre as primeiras ações da frente está a possibilidade de contratar uma consultoria, nos moldes da contratação da KPMG Consultoria, pelo Governo do Estado, de modo a realizar estudos sobre o futuro do VLT.
Além disso, segundo Emanuel Pinheiro, um site será criado para "acabar com os mitos criados contra o modal".
“Nós não somos contra a consultoria contratada pelo Governo, achamos que é preciso ter uma consultoria mesmo. O que questionei foi a forma como a KPMG foi contratada. Agora, pretendemos contratar uma consultoria também, com uma empresa de renome para ajudar o Governo, tendo duas consultorias, e firmar esse convencimento de que o VLT é um caminho sem volta”, disse.
Apesar de o valor de contratação da KPMG chegar a R$ 3,8 milhões, Emanuel negou que a nova consultoria e a criação do site deverão custar à Assembleia Legislativa valores do mesmo patamar.
“Irá custar bem menos que a consultoria do Governo. O custo será mínimo, apenas de atuação política dentro dos instrumentos que temos no Legislativo. Então, não deve ter nenhum valor agregado. Mas, se tiver, será de conhecimento público”, afirmou.
Críticas do Executivo
Por fim, Emanuel minimizou as reações do Executivo sobre a instalação da frente na Assembleia.
Isso porque o secretário-chefe da Casa Civil, Paulo Taques, questionou o porquê de a Assembleia criar, somente agora, uma frente parlamentar em defesa das obras do VLT.
Já o governador Pedro Taques disse que a criação da frente é legitima, mas que a decisão sobre a continuidade das obras será baseada apenas na consultoria da KPMG.
“A frente já se dá a devida importância. A gente respeita a opinião do chefe do Poder Executivo, mas ela não é preponderante para os trabalhos da frente. A frente foi criada para a população, para a defesa da sociedade. E queira ou não queira, a frente tem seu peso”, completou.
A Frente
A Assembleia Legislativa aprovou, por unanimidade, no início de novembro, a criação de uma frente parlamentar em prol da retomada e conclusão das obras do VLT.
De acordo com o documento apresentado à Mesa Diretora, o grupo irá auxiliar o Governo do Estado na retomada e conclusão das obras do modal.
Além disso, segundo Emanuel Pinheiro, a frente dará oportunidade de a sociedade participar do processo de construção do modal.
O grupo é composto pelos titulares Emanuel Pinheiro, Silvano Amaral (PMDB), Max Russi (PSB), Janaína Riva (PSD) e Pedro Satélite (PSD).
Tambem integram o grupo os suplentes Mauro Savi (PR), Gilmar Fabris (PSD), Romoaldo Júnior (PMDB), Dilmar Dal'Bosco (DEM) e Oscar Bezerra (PSB).
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5 Comentário(s).
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Heliel Linkon 02.12.15 16h37 | ||||
Não sou de nenhum partido político mas Sou também a favor do Vlt apesar dos problemas, já investimos agora vamos terminar em nome da qualidade do serviço prestado e agilidade no trânsito caótico e ainda de quebra enche de radar pra ficar por sem dar educação primeiro no trânsito. | ||||
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Elvis Bolívar da Silva 02.12.15 14h21 | ||||
Sou a favor da frente parlamentar em prol do VLT. Sou usuário do transporte coletivo e acho que Cuiabá deve ter outros modais de transportes. Temos que pensar à frente do nosso tempo, senão ficaremos só copiando refugos de países desenvolvidos. | ||||
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Paul 02.12.15 11h30 | ||||
Concordo Ana Maria: A raíz das discussões do VLT de Cuiabá passa pela indiferença da classe média cuiabana. Se essa gente tivesse que fazer uso do transporte público, a pressão pela qualidade seria muito maior, concorda? Não tem visão social alguma. São atrofiados. A classe média cuiabana "se acha". Menos, bemmmmm menos, né!!! | ||||
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ANA MARIA 02.12.15 09h49 | ||||
Realmente Deputado.Acho que somos a única capital do país, em que o transporte público é única e exclusivamente feito por ônibus e ainda velhos e sem nenhum conforto. E olha que somos os maiores produtores de grãos do país... | ||||
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Lopes 01.12.15 21h20 | ||||
O que é de primeiro mundo é inviável para Cuiabá, vamos continuar com os coletivos sucatas. | ||||
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