Cuiabá, Quarta-Feira, 30 de Julho de 2025
EFEITO SODOMA
14.02.2017 | 17h18 Tamanho do texto A- A+

Deputado: Lúdio errou ao aceitar Eder Moraes em sua campanha

MPE diz que R$ 1,7 de propina pagou dívidas da campanha petista ao Alencastro

Reprodução

O deputado federal Ságuas Moraes, que defendeu o ex-vereador Lúdio Cabral

O deputado federal Ságuas Moraes, que defendeu o ex-vereador Lúdio Cabral

CAMILA RIBEIRO E DOUGLAS TRIELLI
DA REDAÇÃO

O deputado federal Ságuas Moraes (PT) classificou como erro o fato de o ex-vereador por Cuiabá, Lúdio Cabral (PT), ter aceitado a participação do ex-secretário de Estado Eder Moraes em sua campanha eleitoral de 2012, quando concorreu, sem sucesso, à Prefeitura de Cuiabá.

 

À época da disputa eleitoral, Eder chegou a se apresentar, em diversas ocasiões, como coordenador da campanha de Lúdio. O candidato, por sua vez, dizia que o ex-secretário era apenas um apoiador.

 

Na manhã desta terça-feira (14), Lúdio foi conduzido coercitivamente para prestar esclarecimentos na Delegacia Fazendária (Defaz), durante a 5ª fase da Operação Sodoma.

 

Segundo o Ministério Público Estadual (MPE) e a própria Defaz, R$ 1,7 milhão da propina arrecadada em fraudes envolvendo o Auto Posto Marmeleiro Ltda foi usado para pagar dívidas da campanha do petista.

 

O Eder era secretário de Estado, então, acredito que o candidato, naquele momento, entendeu que era importante ter alguém que pudesse ajudar a captar recursos, por exemplo

Investigações anteriores apontaram que foi Eder Moraes quem contratou a Marmeleiro para financiar combustível para a campanha de Lúdio.

 

“Hoje, a gente pode afirmar que foi um erro o Lúdio aceitar a participação do Eder na campanha. À época, eu não estava participando do comitê central da campanha. Então, não tenho como afirmar em que condição ou o que levou a ter Eder Moraes na campanha”, disse Ságuas.  

 

“O Eder era secretário de Estado, então acredito que o candidato, naquele momento, entendeu que era importante ter alguém que pudesse ajudar a captar recursos, por exemplo. Mas vendo hoje, a gente avalia que foi um erro a participação do Eder”, afirmou.

 

O deputado, no entanto, diz não ter conhecimento sobre os doadores da campanha petista em 2012.

 

Ele disse acreditar também na “boa fé” de Lúdio Cabral.

 

“Acredito na boa fé do Lúdio. Ele tinha um grupo que cuidava das finanças, da mobilização, do marketing. Numa campanha como a da Capital, do Governo, você tem várias equipes grandes e o candidato nem sempre sabe exatamente tudo que está acontecendo. Acredito que ele teve boa fé e agora terá oportunidade de dizer isso a Justiça”, disse.

 

“Penso que a investigação dará conta de definir quem de fato cometeu algum crime num processo desse. O importante é que quem cometeu o crime possa ser punido e quem não cometeu crime possa ser absolvido”, concluiu o parlamentar.

 

Leia mais sobre o assunto:

 

Propina de R$ 1,7 milhão pagou dívidas de Lúdio Cabral, diz MPE

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4 Comentário(s).

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Neia Opina  15.02.17 09h09
É fácil agora querer jogar a culpa no Éder Moraes, uma vez que ele já tem condenações. Chutar cachorro morto pra querer livrar a cara do amigo. É o fim da picada mesmo.
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Moises  15.02.17 07h56
Políticos sendo políticos... Nada mais !!!
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rafael  14.02.17 18h58
Ságuas Moraes, tem foro privilegiado.. Esse tem que ser o próximo a ser investigado.
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Cida Azevedo   14.02.17 18h44
São todos do mesmo time, assim como o Sr!
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