Cuiabá, Terça-Feira, 1 de Julho de 2025
SUSPEITA DE PROPINA
16.05.2025 | 11h34 Tamanho do texto A- A+

Desembargador nega recurso e mantém Chico 2000 afastado

Vereador está afastado do cargo desde o dia 29 de abril, quando foi deflagrada a Operação Perfídia

Victor Ostetti/MidiaNews

O vereador afastado Chico 2000, alvo de operação policial

O vereador afastado Chico 2000, alvo de operação policial

CÍNTIA BORGES
DA REDAÇÃO

O desembargador Juvenal Pereira da Silva, do Tribunal de Justiça de Mato Grosso, negou um recurso do ex-presidente da Câmara de Vereadores de Cuiabá, Chico 2000 (PL), que tentava reverter seu afastamento do cargo.

 

A informação foi confirmada por uma fonte do Tribunal de Justiça. A ação está sob sigilo.

 

Chico e o também vereador Sargento Joelson (PSB) foram afastados durante a Operação Perfídia, deflagrada no último dia 29 de abril, por suspeita de terem recebido propina da empreiteira HB20, responsável pela obra do Contorno Leste, orçada em R$ 125 milhões, em Cuiabá.

 

Não há informações sobre os detalhes da decisão que negou recurso ao vereador afastado. No entanto, a reportagem apurou que ele estuda ingressar com novos recursos judiciais para tentar voltar ao cargo. 

 

A cadeira de Chico está sendo ocupada pelo segundo suplente, o empresário Rafael Yonekubo (PL).

 

A decisão que autorizou o afastamento dos vereadores, da juíza Edna Ederli Coutinho, do Núcleo de Inquéritos Policiais (Nipo), apontou que a permanência  deles no cargo geraria "risco concreto" de que eles pudessem seguir utilizando a Câmara para praticar "atos ilícitos" .

 

Eles são investigados por, supostamente, receberem propina de R$ 250 mil para aprovarem uma matéria sobre o parcelamento de dívidas tributárias que beneficiaria diretamente a empreiteira.

 

“A suspensão do exercício da função pública, portanto, é medida imprescindível para afastar esse risco e garantir a lisura da investigação, impedindo que a proximidade dos investigados com o poder político local, em razão de seus cargos”, consta em trecho da decisão que embasou a operação.

 

“Inclusive, à época, o vereador ‘Chico 2000’ ocupava o cargo de Presidente da Casa Legislativa Municipal –, aumente a probabilidade de que possam se valer de sua influência para dificultar a colheita de provas, intimidar testemunhas ou desvirtuar o curso da investigação”, completou.

 

O ex-presidente da Câmara nega as acusações.

 

Leia mais sobre o assunto:

 

Empresário da direita raiz assume cadeira de Chico 2000 na Câmara

 

Juíza: afastamento é necessário para frear "atos criminosos"

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Zeca  16.05.25 14h25
Quem deve estar triste com essa situação é Edna Sampaio.
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