O vice-governador e secretário de Estado de Meio Ambiente, Carlos Fávaro (PSD), declarou que não fará nenhuma indicação ao governador Pedro Taques (PSDB) sobre o nome que deverá ser seu substituto na pasta.
Ele deixará a Sema em 15 de dezembro, após acumular a função durante um ano e oito meses.
Fávaro assumiu o comando da secretaria em abril de 2016, após a promotora Ana Peterlini deixar o cargo para retornar ao Ministério Público Estadual (MPE).
Ela saiu da pasta após o Supremo Tribunal Federal (STF) impedir que membros do MPE ocupassem cargos no Executivo.
A informação sobre a saída do vice-governador foi confirmada por Pedro Taques, na semana passada. O governador disse que ainda não havia um nome para substituir Fávaro.
Logo após a saída do secretário, a função de líder da Sema será ocupada interinamente pelo atual adjunto, André Torres Baby. Fávaro comentou que decidiu não fazer nenhuma indicação ao governador.
“Não tenho indicação. Só pedi para não mudar o rumo da secretaria, simplesmente porque não dá mais tempo. Estamos entrando no último ano de Governo e acho que tem que seguir com os resultados que tivemos”, declarou.
“Agora, respeito a escolha que ele fizer, pois está cumprida a minha missão na secretaria”, afirmou.
Apesar de dizer que não se manifestou diretamente ao governador sobre quem acredita que possa ser seu substituto, Fávaro revelou que gostaria que Baby se tornasse o titular da Sema.

“Defendo o Baby como secretário. Acho que é um bom nome. Mas a decisão não é minha, é do governador. Eu não vou interferir nisso, pois é uma decisão dele [Pedro Taques], que tem total liberdade”, disse.
Fávaro também defende que a equipe que compõe a pasta atualmente permaneça na Sema.
“Eu gostaria que a equipe ficasse até o final do mandato. Se colocar alguém com intenção eleitoral no próximo ano, essa pessoa vai ter que se desincompatibilizar em abril e terão de ser feitas novas mudanças”, disse.
“Para fazer qualquer mudança de rumo, é preciso que a pessoa tenha tempo para conhecer a secretaria e tomar suas decisões. Então, se for alguém que já está na pasta, é melhor, pois já conhece a rotina da Sema. Se a situação da pasta estivesse, deveria haver mudanças, mas não está. Por isso defendo que a equipe continue a mesma até o final do mandato”, declarou.
Fávaro ainda demonstrou ser contra uma possível indicação política ao cargo, como chegou a ser avaliado no início deste ano, quando Fávaro cogitou deixar a pasta.
“Defendo que seja uma escolha técnica. Poderia ser política, sim, mas como a pessoa pode ser desincompatibilizar em abril, é preciso ter bom senso e não alterar a gestão técnica”, comentou.
Resultados da gestão
Conforme o vice-governador, a expectativa inicial era de que ele permanecesse no comando da Sema durante alguns meses, porém o período acabou sendo prolongado.
“Eu não queria assumir nenhuma secretaria, pois queria somente cumprir meu dever constitucional como vice-governador. Mas acabei tendo que ir para a Sema depois da saída da Peterlini”, disse.

“Achei até que seria mais rápido o meu período na pasta, mas fiz um diagnóstico e vi que tinha bastante coisa que precisava dar agilidade. Eu também precisava atuar no principal foco da Sema, que é a preservação ambiental”, acrescentou.
Ele argumentou que durante sua gestão conseguiu arrumar a situação do Cadastro Ambiental Rural do Estado, melhorou a situação dos licenciamentos ambientais no Estado e ainda reduziu o número de desmatamento em Mato Grosso.
“Foi um resultado surpreendente. Com o desmatamento, inclusive fomos reconhecidos internacionalmente e conseguimos recursos para a nossa política ambiental”, disse.
Fávaro poderia permanecer na pasta até abril do próximo ano, período no qual deveria deixar a secretaria caso quisesse participar da disputa eleitoral de 2018.
Porém, ele argumentou que decidiu adiantar a saída pois percebeu que conseguiu cumprir sua missão.
“Ainda existem problemas na Sema, mas houve uma boa melhoria na pasta. Conseguimos recursos para modernizá-la. Acredito que cumpri meu papel”, pontuou.
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