O senador Wellington Fagundes classificou como “ruim” para o PL a cassação do deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP) e disse ver “injustiça” nas decisões que tem sido tomadas contra a família Bolsonaro nos útlimos meses.

A declaração foi feita ao comentar a perda do mandato do parlamentar, na semana passada. Ele era uma das principais apostas da sigla no cenário nacional.
“Infelizmente, é ruim para nós do PL, muito ruim. Agora, é uma decisão que o presidente da Câmara tomou e dificilmente tem como recorrer na Justiça”, afirmou à imprensa.
Segundo Wellington, a situação jurídica ficou fragilizada pelo fato de Eduardo Bolsonaro ter se afastado do País.
“Ele resolveu ir para os Estados Unidos. E a legislação é clara. Quando se afasta por mais de 121 dias, corre esse risco”, disse.
O senador afirmou que o PL desejava manter Eduardo Bolsonaro no Brasil, inclusive como um possível nome do partido para disputar a presidência da República. No final seu irmão, Flávio Bolsonaro, foi escolhido como pré-candidato pelo ex-presidente.
Questionado se chegou a conversar ou orientar o deputado durante o período fora do país, Wellington disse que não houve contato direto.
“Depois que ele foi para os Estados Unidos, não conversei mais. Eu conversei muito com o Flávio Bolsonaro, com o presidente Bolsonaro. Agora já está impedido”, afirmou.
Na avaliação do senador, o contexto envolvendo o ex-presidente Jair Bolsonaro também contribui para o clima de dificuldade enfrentado pelo partido.
“Há quanto tempo o presidente Bolsonaro não pode falar, não pode nem receber visitas. Para receber uma visita, tem que ser autorizado pelo ministro Alexandre [de Moraes]. Então, para nós do PL, isso está sendo muito triste. E muito difícil”, disse.
Fagundes afirmou ainda que votou favoravelmente à dosimetria aplicada no caso por entender que há injustiça e excessos nas decisões envolvendo a família Bolsonaro.
“Por isso, nós votamos a dosimetria. Eu votei favorável. Por quê? Porque nós entendemos que muita injustiça está sendo feita. Eu falo que precisa de Deus no coração do julgador”, completou.
Cassação
Eduardo Bolsonaro teve o mandato cassado pela Câmara dos Deputados após permanecer fora do país por período superior ao permitido pela legislação.
O parlamentar se afastou do cargo e se mudou para os Estados Unidos, ultrapassando o prazo de 121 dias sem justificativa formal aceita pela Casa. Com isso, a Mesa Diretora entendeu que houve quebra das regras regimentais, resultando na perda do mandato, decisão que gerou reação e críticas de lideranças do PL.
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