Cuiabá, Quinta-Feira, 3 de Julho de 2025
PARA ESCOAR PRODUÇÃO
02.07.2025 | 16h11 Tamanho do texto A- A+

Governo de MT beneficia agricultores de pequena escala com doação de caminhões-baú

Antes, os produtores dependiam de atravessadores para distribuir sua produção, o que reduzia significativamente sua margem de lucro

Assessoria Seaf

Ilustração

DA REDAÇÃO

A Secretaria de Estado de Agricultura Familiar (Seaf)  entregou, entre 2019 e junho deste ano, 23 caminhões-baú para atender a necessidade de associações de produtores de pequena escala.

 

Outro caminhão foi destinado à Fundação Nacional dos Povos Indígenas (Funai), para atender especificamente os povos originários do Estado no escoamento da produção. O total de investimento é de R$ 9,6 milhões.

 

Uma das entregas foi para a Associação Santo Antônio da Fartura Verde, localizada em Campo Verde, e conta com cerca de 900 produtores, que celebram o importante avanço para a agricultura familiar na região com a chegada do reforço na logística.

 

O caminhão-baú representa um marco na logística da produção local, facilitando o escoamento de cerca de 40 toneladas mensais de frutas, legumes e verduras até os principais mercados consumidores, como Cuiabá, Várzea Grande e Rondonópolis.

 

Antes, os produtores dependiam de atravessadores para distribuir sua produção, o que reduzia significativamente sua margem de lucro. O veículo foi viabilizado por meio de projeto com apoio da Prefeitura Municipal de Campo Verde, com consultoria da Empresa Mato-grossense de Pesquisa, Assistência e Extensão Rural (Empaer).

 

“A secretária de Estado de Agricultura Familiar, Andreia Fujioka, esteve aqui no assentamento, nos ouviu e demonstrou disponibilidade e nos incentivou a buscar o projeto. Estamos agradecidos”, afirmou a produtora de pequena escala, Glaci Casola

 

Em sua propriedade, dona Glaci produz banana, cana-de-açúcar, alface, agrião, limão, abacate e manga. Ela comemora a nova fase. 

 

“Antes, entregava tudo para atravessadores. Agora estou muito otimista. Esse caminhão e outros projetos vão motivar nossa produção, reacender o desejo de crescer.  Meus pais são da roça e eu continuo esse legado com meu marido e minhas filhas”, contou.Glaci compartilha ainda lições de gestão que fizeram diferença na rentabilidade da propriedade.

 

“Tivemos consultoria de gestão financeira e passamos a anotar tudo, custos e lucros. Reduzimos despesas com embalagens e insumos. Hoje, vendo 100 dúzias de alface por dia a R$ 20 cada, podendo chegar a R$ 24. Com o caminhão, teremos preço justo e uma boa receita. Estou satisfeita, mas é preciso saber administrar”, observou.

 

Ela agradeceu o Governo do Estado, e lembrou que os tempos na agricultura de pequena escala mudaram. “Com certeza o que estamos vivendo em nosso setor é inédito. Agradecemos a SEAF, a Empaer e ao Governo do Estado, que não hesitaram em atender nosso projeto”.

 

O engenheiro agrônomo Kenio Batista Nogueira, da Empaer, destaca que o transporte é uma etapa crítica na cadeia produtiva. “Muitas vezes o produtor tem boa produção, mas não consegue levar até o mercado consumidor. Acabam vendendo por preços inferiores.  Quem ganhava era quem não produzia”, observou.

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