Diante da polêmica de pensão para ex-governadores do Estado - inclusive, para aqueles aqueles que ficaram pouco mais de uma semana no cargo -, o ex-governador e senador eleito Blairo Maggi (PR) declarou, em entrevista ao MidiaNews, no fim de semana, que fez a sua parte, colocando um fim no pagamento dop benefício.
"A minha parte eu fiz, que era acabar com a festa. Terminou! Agora, tem que olhar para trás e isso, realmente, é uma questão de Justiça", afirmou Maggi, que, em 2003, encaminhou um projeto de Lei para a Assembléia Legislativa extinguindo os benefícios aos ex-governadores.
Ele avaliou que as discussões sobre esse tema devam ser feitas na esfera jurídica, ao ressaltar que a medida tomada por ele, enquanto governador, foi de encerrar com novos benefícios. "Então, em Mato Grosso não tem como ir para frente, tem uma discussão para trás, que não me pertence. É uma discussão de Judiciário, em vedar a legalidade da Lei ou não", declarou.
Dados repassados pelo Governo, apontam que o Estado paga 15 pensões a ex-governadores e a suas viúvas, o que gera uma despesa de R$ 2,6 milhões ao ano. Maggi, apesar de ter o direito ao benefício, optou em não receber o dinheiro. "Eu tenho o direito e, se quisesse exercê-lo, poderia, mas não vou fazer nesse momento", disse.
Questionado se alguns dos beneficiados, em especial, aqueles que ficaram poucos dias à frente do Governo do Estado, teriam utilizado de uma manobra para garantiros benefícios. Blairo Maggi reafirmou a questão da legalidade.
"Acho que a legislação dá época estava errada - quer dizer, o governador, por exercer por pouco tempo o mandato, já incorporava o benefício, mas era o que era e hoje não é mais", avaliou.