LAÍSE LUCATELLI
DA REDAÇÃO
O juiz federal Julier Sebastião da Silva afirmou que se sente honrado em ser lembrado pelo PT, após o partido ter oficializado, no último sábado (9), a intenção de lançá-lo ao Governo do Estado em 2014. No entanto, o magistrado não quis confirmar os planos de entrar na disputa eleitoral.
“Eu me sinto bastante honrado em ter sido lembrado pelo partido da presidente Dilma Rousseff e do presidente Lula. Entendo que essa decisão do PT é em reconhecimento pelo meu trabalho como juiz”, disse Julier ao
MidiaNews.
Julier já foi filiado ao PT nos tempos de militância estudantil, mas abandonou a atuação partidária para se dedicar à magistratura. Na resolução aprovada pelo partido, os petistas abrem as portas para o magistrado e o convidam para encabeçar o projeto eleitoral de 2014.
"O PT MT manifesta, também, seu reconhecimento em relação ao preparo e às qualificações pessoais e políticas do juiz federal Julier Sebastião da Silva, que fazem dele, ao nosso juízo, um agente público à altura de liderar o nosso projeto político para Mato Grosso em 2014. Neste sentido, desde já, o PT se coloca à disposição para recepcioná-lo de volta à sua casa partidária, caso, em tempo oportuno, ele decida servir à sociedade de Mato Grosso na seara da atividade política partidária", diz trecho do documento.

"Sempre procurei atender o povo como juiz. Se, um dia, esse mesmo povo quiser que eu tenha um cargo político, então eu terei. A minha vontade é ser um bom servidor público"
O juiz afirmou que tem recebido diversos conselhos e opiniões a respeito de sua entrada na política, de setores variados, e até de pessoas que não estão na militância política – mas também de outros partidos, além do PT. O PMDB, por exemplo, é outra sigla que já assediou Julier para que ele se filie.
Ele admitiu a possibilidade de encarar uma disputa eleitoral, mas não quis falar em planos. O juiz tem até o começo de abril de 2014, seis meses antes das eleições, para abandonar a toga e se filiar a um partido, caso queria concorrer nas próximas eleições.
“Sempre procurei atender o povo como juiz. Se, um dia, esse mesmo povo quiser que eu tenha um cargo político, então eu terei. A minha vontade é ser um bom servidor público, é servir bem ao povo. Isso independe de cargo”, disse.
Ele negou participar de qualquer articulação em torno de sua eventual candidatura, e afirmou que qualquer movimentação que houver está sendo feita exclusivamente pelo PT. “Ainda é muito cedo para definir qualquer coisa. Ainda falta muito tempo para a eleição”, disse.