Medeiros lembra elo com Lula e descarta coligação com MDB

O deputado federal José Medeiros (PL) afirmou que “dificilmente” haverá uma dobradinha entre ele e a deputada estadual Janaina Riva (MDB) pela disputa ao Senado nas eleições de 2026.

A tendência do MDB é fechar com o Lula e a tendência é a gente ficar aqui como um grupo de direita

O deputado citou o fato do MDB Nacional estar alinhado com o presidente Lula (PT) como o motivo que impossibilitaria uma aliança em Mato Grosso.

“Acho bastante difícil, porque a tendência do MDB é fechar com o Lula e a tendência é a gente ficar aqui como um grupo de direita. Então, vejo com muita dificuldade a aliança com o MDB nesse sentido. Acho que dificilmente o MDB sai de lá”, afirmou.

Parte significativa do MDB — especialmente suas bancadas no Congresso — tem atuado de forma alinhada ao Palácio do Planalto em votações estratégicas.

O partido ocupa ministérios, como o da Integração e Desenvolvimento Regional, e tem usado sua influência regional para fortalecer acordos com o Governo Federal.

Inclusive, o deputado federal Emanuelzinho, que é uma das lideranças do MDB em Mato Grosso, ocupa atualmente a posição de vice-líder do Governo Lula na Câmara dos Deputados, tendo sido nomeado em fevereiro de 2023.

Apesar da maioria dentro da sigla se posicionar como de direita e centro-direita, Medeiros disse não acreditar que a ligação entre o MDB e a esquerda não vá refletir no cenário eleitoral em Mato Grosso.

“No caso, o Lula vai querer fechado. E dificilmente eles vão abrir mão em algum Estado. Acho que para acontecer uma situação dessa, a deputada [Janaina] teria que mudar de partido, não sei se ela vai fazer isso. Eu acho difícil com o MDB”, disse.

Dobradinha com Mendes

Ao contrário do que afirmou sobre o MDB, Medeiros reiterou que acha possível fazer uma aliança com o governador Mauro Mendes (União) na disputa ao Senado.

O deputado condicionou uma união à definição sobre candidaturas ao Governo do Estado.

“O [diretório] estadual e o presidente Jair Bolsonaro que estão cuidando disso. Mas eu vejo que tem [chance]. O grupo já esteve junto da outra vez. Isso vai depender de como vão afunilar lá na frente as candidaturas de governador. Hoje o PL tem o senador Wellington Fagundes como candidato, eles também têm outros candidatos lá no União Brasil. Mas tudo é possível”.