Cuiabá, Quinta-Feira, 3 de Julho de 2025
LEGISLAÇÃO AMBIENTAL
03.07.2025 | 10h25 Tamanho do texto A- A+

Maior risco do agro é a hipocrisia do Brasil, diz Mendes em Lisboa

Governador de MT participou de fórum e citou o imbróglio jurídico da mina de potássio em Autazes

Mayke Toscano/Secom

O governador Mauro Mendes, que está em Lisboa para fórum com políticos e empresários

O governador Mauro Mendes, que está em Lisboa para fórum com políticos e empresários

CINTIA BORGES
DA REDAÇÃO

O governador Mauro Mendes (União) fez duras críticas à burocracia brasileira, em especial ao que diz respeito a dar condições para o desenvolvimento do agronegócio.

 

Nosso maior risco é a hipocrisia que existe nesse País e a forma como conduzimos as coisas públicas no Brasil

Segundo ele, o poder público tem “travado” projetos importantes para o setor produtivo e alertou para o que considera o verdadeiro risco ao futuro do país: “a hipocrisia institucional".

 

“Nosso maior risco é a hipocrisia que existe nesse País e a forma como conduzimos as coisas públicas no Brasil”, afirmou o governador.

 

A declaração foi feita na quarta-feira (2) no XIII Fórum de Lisboa, em Portugal. Mendes palestrou no painel “Agronegócio e Segurança Alimentar: desafios para a cooperação”.

 

Ele citou o processo de licenciamento ambiental da mina de potássio de Autazes, no Amazonas — considerada uma das maiores reservas do insumo no Brasil, essencial para a produção de fertilizantes.

 

Segundo Mendes, a mina poderia reduzir a dependência do fertilizando fundamental para agronegócio nacional, que hoje chega a 85%. 

 

“A mina ficou 15 anos, longos 15 anos, para ter um licenciamento ambiental. Isso não é sério! Nenhum país do mundo trata dessa forma uma atividade econômica tão importante como é o agronegócio, como é a produção de alimentos”, disse Mendes.

 

“E esse mesmo licenciamento ambiental já está sendo objeto de questionamento de ONG, de ações judiciais, que pode atrasar por mais anos e anos”, acrescentou.

 

O governador ainda afirmou que o Brasil não sairá do status de “emergente” se continuar com o posicionamento que trava o setor produtivo do país.

 

“Não seremos um país de primeiro mundo, enquanto o poder público, as leis e os marcos legais, permitirem que coisas tão importantes sejam tratadas com tamanho irrelevância”, disse. 

 

“Ou permitirmos, o que é pior, que interesses que não são de todos nós brasileiros, interesses que não são dos nossos produtores, da nossa sociedade, sejam colocados em primeiro plano”, emendou.

 

“Gilmarpalooza”

 

O Fórum de Lisboa — informalmente apelidado de “Gilmarpalooza”, por reunir magistrados, políticos e empresários de diversos setores — debate, até sexta-feira (5), temas como meio ambiente, segurança jurídica e tecnologia.

 

Além de Mendes, outras figuras foram representando Mato Grosso. São eles: os deputados estaduais Janaina Riva (MDB), Eduardo Botelho (União) e Dr. João (MDB); o conselheiro do CNJ Ulisses Rabaneda; o ex-deputado federal Marcos Marrafon; o presidente da Aprosoja MT Lucas Beber; e a desembargadora Anglizey Solivan.

 

Veja:

 

 

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