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14.03.2019 | 17h19 Tamanho do texto A- A+

Membro da CPI, Wellington recebeu R$ 150 mil de mineradora

Senador mato-grossense compõe comissão que vai investigar a tragédia de Brumadinho

Arquivo/MidiaNews

O senador mato-grossense Wellington Fagundes

O senador mato-grossense Wellington Fagundes

O GLOBO

O senador Wellington Fagundes (PR), membro da CPI instalada para investigar a tragédia de Brumadinho, é um dos seis parlamentares que compõem a comissão e que receberam verbas de minerados em campanhas eleitorais passadas.

 

A informação consta em reportagem do Jornal O Globo, segundo a qual o senador de Mato Grosso recebeu R$ 150 mil da mineradora Cavalca Construções e Minerações Ltda em 2014.

 

Leia reportagem do O Globo na íntegra:

 

Seis dos 14 senadores que compõem a CPI instalada para investigar a tragédia de Brumadinho já receberam, direta ou indiretamente, verba de mineradoras em suas campanhas em eleições passadas.

 

O senador Carlos Viana (PSD-MG), nomeado relator da CPI, recebeu R$ 100 mil de um executivo Luís Fernando Franceschini, diretor do Grupo Biogold, nas eleições de 2018. Procurado, ele diz que há uma diferença entre receber uma doação legal e defender uma atuação das empresas que ponha vidas em risco.

 

"Uma coisa é receber uma doação legal, outra é concordar com coisa errada. Pela importância do setor da mineração, é muito difícil em Minas Gerais não buscar um setor que tenha uma coisa ligada à mineração, ou um ex-funcionário".

 

Viana diz, ainda, que "não deve nada" a Franceschini, recebeu a doação através de pessoas do partido e nunca esteve com o diretor.

 

"Acho que a força-tarefa em Minas deveria também incluir (essa questão) nesse procedimento (de investigação) na Vale, saber: a empresa financiou alguém? Quem foram os financiados? Seria ótimo colocar isso a limpo", acrescentou.

 

O senador Antonio Anastasia (PSDB-MG) recebeu R$ 18 mil da Vale e R$ 13 mil de outras mineradoras nas eleições de 2014, verba repassada através de outros candidatos do seu partido. Otto Alencar (PSD-BA), outro senador a integrar a CPI, recebeu R$ 1,4 mil da Vale em 2014, também encaminhados por outro candidato.

 

Já em doações diretas, a senadora Rose de Freitas (PODE-ES) recebeu R$ 200 da Salobo, projeto de cobre da Vale, em 2014, e Wellington Fagundes (PR-MT) recebeu R$ 150 mil de uma mineradora chamada Cavalca Construções e Minerações Ltda no mesmo ano. Jean Paul Prates (PT-RN), suplente de Fátima Bezerra, fez campanha em 2014 com R$ 58 da Serveng, grupo que atua com obras, energia e mineração.

 

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