Mendes nega que articulou encontro de Gilmar e Bolsonaro; vídeo

O governador Mauro Mendes (União) negou, nesta segunda-feira (18), que tenha articulado um encontro do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) com o ministro mato-grossense Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal (STF). A informação foi divulgada na semana passada pela jornalista Malu Gaspar, de O Globo.

Infelizmente, o Brasil vive hoje muitas turbulências. É lamentável que vivemos num país da polarização direita e esquerda

Segundo a publicação, a proposta do encontro com Bolsonaro veio de Mendes que é próximo dos dois. O ministro, porém, teria dito que antes o deputado Eduardo Bolsonaro (PL-SP) precisaria parar de atacar o Supremo e fazer uma espécie de “pacto de silêncio” — o que obviamente não ocorreu.

Ainda segundo a jornalista, a reunião acabou não acontecendo porque o ex-presidente foi preso antes, por determinação do ministro Alexandre de Moraes.

Questionado sobre o assunto, nesta segunda, Mendes disse que foi procurado pela jornalista e que negou ter articulado a reunião.

“A jornalista divulgou alguma coisa que ela me perguntou e eu disse que não era verdade. Então, isso não é verdade. Divulgou uma mentira que não procede, uma notícia que não procede”, disse.

Polarização e turbulências

Mendes ainda criticou que o atual debate político fique concentrado entre direita e esquerda, ao invés de focar em pautas que, de fato, beneficiem a população.

“Infelizmente, o Brasil vive hoje muitas turbulências. É lamentável que vivemos num país da polarização direita e esquerda, atritos entre os poderes, o Congresso Nacional. Enquanto gera esse tipo de polêmica, deixamos de focar naquilo que verdadeiramente importa, que é produzir resultado para o cidadão”, afirmou.

“Eu vejo muitas conversas, muitas postagens, muitas confusões, muitas notícias, mas nenhuma delas, ou boa parte delas, não produzem resultado para o Brasil, para a sociedade brasileira e para melhorar a vida do cidadão. Eu lamento, mas é um momento, faz parte do amadurecimento de uma democracia e até mesmo do uso dos instrumentos que temos hoje”, completou.

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