Cuiabá, Terça-Feira, 1 de Julho de 2025
EFEITO LAVA JATO
03.10.2022 | 11h17 Tamanho do texto A- A+

Moro, esposa e Deltan são eleitos; Japonês da Federal perde

A mulher do ex-juiz, Rosangela, também do União Brasil, foi eleita deputada federal em São Paulo

Divulgação

O ex-procurador Deltan Dallagnol, que se elegeu deputado federal

O ex-procurador Deltan Dallagnol, que se elegeu deputado federal

FELIPE BÄCHTOLD
DA FOLHAPRESS

A campanha eleitoral deste ano marcou um refluxo nos efeitos da Lava Jato sobre a política, mas os principais nomes ligados à operação que concorreram conseguiram se eleger.


A operação, que foi fator crucial para a onda antipolítica na eleição de 2018, teve desta vez relativamente pouca lembrança nos principais pleitos do país. A força-tarefa da investigação foi encerrada em 2021.


Ainda assim, o maior símbolo da investigação, o ex-juiz Sergio Moro, se elegeu senador pela União Brasil no Paraná, superando o bolsonarista Paulo Martins (PL) e seu antigo padrinho político, Alvaro Dias, do Podemos.


A mulher dele, Rosangela, também do União Brasil, foi eleita deputada federal em São Paulo. Em sua primeira disputa eleitoral, obteve 217 mil votos.


O resultado menos inesperado foi a eleição para a Câmara do ex-procurador Deltan Dallagnol, pelo Podemos do Paraná.


O ex-chefe da força-tarefa da operação, que pediu exoneração do Ministério Público no ano passado, foi o mais votado no estado, com 344 mil votos.


Outro símbolo da Lava Jato também se aventurou na política, mas não exatamente como candidato. O agente aposentado Newton Ishii, conhecido como Japonês da Federal, virou dirigente no Paraná do partido Agir (o antigo PTC) e participou ativamente da campanha de um policial civil chamado Fábio Nakashima.


Ex-chefe de escolta da PF em Curitiba, ele se tornou conhecido nacionalmente por aparecer em reportagens na TV e nos jornais conduzindo os presos da operação. Motivou a produção de máscaras de Carnaval em 2016, além de inspirar uma marchinha sobre seu papel na Lava Jato e de ter lançado uma biografia em livro.


O nome de urna do candidato à Câmara era "Japonês da Federal - Japa Civil", e a campanha nas ruas e na internet inclusive confundia, sob o mote do "mandato coletivo", quem era de fato a pessoa registrada na Justiça Eleitoral.


Ishii, nas redes, apelou ao bolsonarismo e ao antipetismo, apesar de o Agir integrar no plano federal a chapa do ex-presidente Lula. Acabou fazendo apenas 2.765 votos e não se elegeu.

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