O tribunal do júri condenou o advogado Nauder Júnior Alves Andrade a 10 anos de prisão, em regime inicial fechado, pela tentativa de feminicídio contra a então namorada, em Cuiabá.
O julgamento aconteceu nesta segunda-feira (30) e foi presidido pela juíza Mônica Catarina Perri Siqueira, da 1ª Vara Criminal da Capital.
Com a condenação, a magistrada ordenou a execução imediata da sentença, negando ao réu o direito de recorrer em liberdade. Ele estava respondendo ao processo em liberdade, apenas cumprindo medidas cautelares.
O crime ocorreu no dia 18 de agosto de 2023 em um condomínio da Capital. A vítima foi agredida com socos, chutes e golpes de barra de ferro.
Conforme a denúncia do Ministério Público Estadual (MPE), a tentativa de feminicídio não se consumou por circunstâncias alheias à vontade do réu, uma vez que a vítima conseguiu se desvencilhar, fugir e receber socorro a tempo.
Os jurados reconheceram que o crime foi cometido por motivo fútil, mediante recurso que dificultou a defesa da vítima, em razão da condição de sexo feminino da vítima e envolvendo violência doméstica e familiar.
Conforme a denúncia do MPE, o casal namorou por 12 anos e a relação sempre foi conturbada por conta do comportamento agressivo do advogado, que seria usuário de entorpecentes.
Ainda de acordo com a acusação, no dia 18 de agosto, o casal estava na residência da vítima já deitado, dormindo, quando por volta das 3h da madrugada Nauder se levantou e foi até o banheiro, onde teria usado drogas.
Ao voltar para o quarto, diz a denúncia, ele tentou manter relações sexuais com a vítima. Diante da recusa, Nauder teria passado a agredi-la com violentos socos e chutes, além de impedir por horas que ela saísse de casa.
Conforme o MPE, ele pegou uma barra de ferro usada para reforçar a segurança da porta da residência e passou a golpeá-la e a enforcá-la.
A vítima chegou a desmaiar e, ao retomar os sentidos, aproveitou a distração do namorado para pegar a chave e fugir.
Ela buscou por socorro e foi levado para um hospital. Segundo o médico que a atendeu “ela não morreu por ser forte, ou algo sobrenatural explica sua sobrevivência”.
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