“Não existe indício de que frigoríficos de MT estejam envolvidos”

O governador Pedro Taques (PSDB) afirmou não haver indícios de que os frigoríficos de Mato Grosso possam ser investigados em possíveis desdobramentos da Operação Carne Fraca, da Polícia Federal.

A "Carne Fraca", deflagrada na última sexta-feira (17), desvendou um esquema de venda de carnes podres e vencidas, possibilitado pela corrupção de fiscais federais. Foram atingidos alguns dos principais nomes de empresas do setor, como a JBS/Friboi e a BRF Foods.

Segundo o tucano, as plantas do Estado passam por um processo cuidadoso de vigilância sanitária.

“Não existe, até este instante, nenhum indicativo, nenhum indício, de que frigoríficos de Mato Grosso estejam envolvidos nesse tema. Mas se o Ministério Público Federal e a Polícia Federal têm isso, eu não tenho acesso”, disse na tarde de segunda-feira (20), logo após uma reunião com representantes Secretaria de Estado de Desenvolvimento Econômico, do Instituto de Defesa Agropecuária do Estado de Mato Grosso (Indea-MT) e do Instituto Mato-grossense da Carne (Imac).

É importante que o MPF possa identificar aquelas pessoas e instituições que cometeram crime. Mas não podemos generalizar

Taques se encontrou com o presidente Michel Temer (PMDB) e o ministro da Agricultura, Blairo Maggi (PP), na manhã desta terça-feira (21). O objetivo era levar a preocupação com possibilidade de o Estado ter prejuízos econômicos por conta da operação.

“É importante que o MPF possa identificar aquelas pessoas e instituições que cometeram crime. Ninguém é favorável ao crime, ao menos no nosso governo. Mas não podemos generalizar. Qualquer generalização é burra e traz prejuízos para todos. Não podemos nesse caso e em nenhum caso fazer com que os inocentes paguem pelos culpados”, afirmou.

“Estamos juntos nesse momento em que o Brasil passa, nesse ponto fora da curva por conta desses 21 frigoríficos que ainda precisam ser mais bem investigados”, disse.

Medidas

De acordo com Taques, entre as medidas a serem feitas para evitar prejuízos econômicos ao Estado está a intensificação da vigilância, feita pelo Indea. Ele irá, ainda, promover eventos em Brasília, São Paulo e, em maio, nos Estados Unidos, para divulgar os produtos do Estado e suas qualidades.

“A preocupação é que não tenhamos prejuízos econômicos. Até porque os prejuízos econômicos não são apenas para os donos de frigoríficos, é um erro falar isso. São prejuízos econômicos para o Brasil, porque precisamos de impostos, preciso construir escolas, hospitais”, afirmou.

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