Cuiabá, Quinta-Feira, 3 de Julho de 2025
RESPOSTA A JÚLIO
13.09.2023 | 11h10 Tamanho do texto A- A+

“Não podemos relativizar a ditadura; Médici foi o mais violento”

Lúdio Cabral defendeu a mudança de nomes em prédios públicos que homenageiam ditadores

MidiaNews

O deputado estadual Lúdio Cabral, que criticou nome de prédios públicos com homenagem a ditadores

O deputado estadual Lúdio Cabral, que criticou nome de prédios públicos com homenagem a ditadores

VITÓRIA GOMES E ENZO TRES
DA REDAÇÃO

O deputado estadual Lúdio Cabral (PT) defendeu a alteração de nomes de prédios públicos em Mato Grosso que homenageiam ditadores e afirmou que não se deve “relativizar a Ditadura Militar”.

 

O governo do Médici foi o mais violento, onde os porões da tortura e da ditadura mais crimes produziu

A declaração é uma resposta ao deputado estadual Júlio Campos (União), que nesta semana elogiou o governo do ex-presidente Médici e disse ser contra a mudança de nome de colégios estaduais, como a Escola Estadual Presidente Médici.

 

Júlio defendeu a permanência da homenagem ao ditador e afirmou que o ex-presidente foi o que “mais fez por Mato Grosso”.

 

“Nós não podemos relativizar, de maneira alguma, o que foi o período da Ditadura Militar no Brasil. O governo do Médici, por exemplo, foi o mais violento, onde os porões da tortura e da ditadura mais crimes produziu durante todo o período da ditadura militar”, afirmou Lúdio nesta quarta-feira (13).

 

Médici foi o terceiro presidente (1969-1974) da Ditadura Militar no Brasil e sua gestão ficou conhecida como “anos de chumbo”. Das 180 mortes por motivação política no Regime Militar, 98 foram na gestão do general.

 

Lúdio disse, ainda, ser contra a proposta de Júlio sobre a homenagem a ditadores e que é necessário fazer uma “reparação” em relação ao que ocorreu na época da ditadura, que durou de 1964 a 1985.

  

“É a posição política dele, a leitura que ele tem da realidade. Eu tenho uma posição completamente antagônica a essa leitura, mas é posição política”, disse.

 

“Defendo que há ainda um processo de reparação a ser feita para a história do nosso país e todos os prédios públicos que tem nomes de ditadores deveriam ter esses nomes modificados”, completou.

 

Projeto de lei

 

A contrariedade com as “desomenagens” a prédios públicos fez com Júlio Campos emplacasse um projeto que foi sancionado pelo governador Mauro Mendes (União) em julho deste ano proibindo a modificação dos nomes dos locais. 

 

Agora, a intenção do parlamentar é retomar os antigos nomes como o do antigo Escola Estadual Presidente Médici, que atualmente se chama Escola Estadual Dom Pedro II.

 

Leia mais:

 

Júlio defende ditador: "Foi o presidente que mais fez por MT"

 

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COMENTÁRIOS
12 Comentário(s).

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Yuri Gomes   14.09.23 10h42
Julio Campos falou por mim e por milhares de cidadãos honestos e trabalhadores do Estado de Mato Grosso e do Brasil. Aplausos ao Deputado Júlio.
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Kleiber  14.09.23 10h29
Para o PT e o Lule (ou Janjo, como queiram), a Venezuela, Cuba e Nicarágua são exemplos de democracias pujantes (afinal, conceito de democracia é relativo). Então, vale nem a pena debater com petistas o que foi o Governo Médici.
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Almeida  13.09.23 18h50
Parabéns, Deputado Lúdio.
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Benedito da costa  13.09.23 18h08
Mais o Exército, a Polícia foram opressoras , violentas na ditadura.
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Agnaldo Crivo  13.09.23 17h00
Senhores o Presidente Medice, lutou para o Brasil, não virar comunista como Cuba, Venezuela atualmente...cuidado com esse indivíduos de partidos de esquerdas que tem a fala mansa, as mãos finas e unhas bem pintadas, mas querem bloquear a internet, tirar sua seu patrimônio, te colocar na proeza mas eles no luxo total, a falsa democracia que esconde verdadeiros interesses sombrio e devastador! querem apagar da historia os exemplos que os combateram e avisaram deles no futuro que chegou!
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