Cuiabá, Terça-Feira, 17 de Junho de 2025
HISTÓRIA
12.06.2012 | 18h00 Tamanho do texto A- A+

Nome de Filinto Müller pode ser retirado de gabinetes do Senado

Proposta em discussão é para trocar nome de mato-grossense pelo de Luiz Carlos Prestes

O Globo

O mato-grossense Filinto Müller, que teve o nome ligado à repressão nos tempos da Ditadura

O mato-grossense Filinto Müller, que teve o nome ligado à repressão nos tempos da Ditadura

AGÊNCIA SENADO

Acordo entre integrantes da Comissão de Educação, Cultura e Esporte (CE) permitiu a aprovação, nesta terça-feira (12), de voto em separado do senador Inácio Arruda (PCdoB-CE) a Projeto de Resolução do Senado (PRS 36/2011) que possibilita mudança na denominação da Ala Senador Filinto Müller.

A princípio, a proposta – de iniciativa da senadora Ana Rita (PT-ES) – pretendia alterar o nome dessa ala de gabinetes para Ala Senador Luiz Carlos Prestes.

Apesar de reconhecer Prestes como “figura política de relevo na história brasileira”, o relator, senador Benedito de Lira (PP-AL), recomendou a rejeição do PRS 36/2011, com o argumento de que sua aprovação poderia abrir precedentes para novas mudanças em outras dependências do Senado.

O resgate do PRS 36/2011 foi possível porque Inácio Arruda propôs retirar o nome de Filinto Muller dessa ala de gabinetes sem definir, de imediato, sua nova denominação. Isso seria tratado, posteriormente, em outro projeto de resolução.

A solução de consenso recebeu o apoio do presidente da CE, Roberto Requião (PMDB-PR), e dos senadores Ana Rita, Cristovam Buarque (PDT-DF), Paulo Paim (PT-RS), Paulo Bauer (PSDB-SC) e Anibal Diniz (PT-AC).

Líder da Intentona Comunista – movimento para derrubada do governo Getúlio Vargas, capitaneada pelo Partido Comunista Brasileiro (PCB) em 1935-, Luiz Carlos Prestes chegou ao Senado ao fim do Estado Novo (1937-1945) e comandou uma bancada de 14 deputados durante a Constituinte de 1946. Teve seu mandato cassado quando o PCB foi declarado ilegal.

Já o senador Filinto Müller foi chefe da Polícia do Distrito Federal entre 1933 e 1942, liderando a repressão a comunistas e integralistas no país.

Fundador do extinto Partido Social Democrático (PSD), elegeu-se senador pelo Mato Grosso nos anos de 1947, 1954, 1962 e 1970.

A matéria segue, agora, para análise pela Comissão Diretora do Senado.

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COMENTÁRIOS
13 Comentário(s).

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Cervantes Muller  16.06.12 09h52
Dilma diz que não haverá peseguição a quem deu a vida pela patria.kkkkk Viva o Brasil do Filinto Muller, Viva Getulio Vargas.
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Carlos Eduardo Fortes  13.06.12 13h53
Gente, é só dar uma lida no livro de Carlos Heitor Cony, "Falta Alguém em Nuremberg". Ali esclarece toda esta polêmica.
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jean  13.06.12 12h35
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José Ribamar Bezerra Sá   13.06.12 09h22
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Osny Oliveira  13.06.12 07h49
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