Cuiabá, Quarta-Feira, 6 de Agosto de 2025
PEPINO
13.01.2021 | 09h54 Tamanho do texto A- A+

“O VLT foi gestacionado no seio da corrupção”, dispara Mendes

Mendes citou estudo de viabilidade técnica e voltou a defender troca de modal para o BRT

Marcos Vergueiro/Secom-MT

O governador Mauro Mendes, que voltou a fazer críticas ao VLT

O governador Mauro Mendes, que voltou a fazer críticas ao VLT

LISLAINE DOS ANJOS
DA REDAÇÃO

O governador Mauro Mendes (DEM) voltou a defender a troca de modal a ser implantado na Grande Cuiabá, citando estudos de viabilidade técnica que apontam o BRT (ônibus de trânsito rápido) como a melhor opção e afirmando que o VLT “nasceu, desde o início, com propina”.

 

“O VLT foi gestacionado no seio da corrupção. Manter isso é defender a sobrevida da corrupção. Em Mato Grosso, nós temos dois grandes símbolos da corrupção: um, todo mundo sabe qual é; o outro é o VLT”, afirmou, em entrevista à Rádio CBN Cuiabá.

 

Mendes lembrou que, desde que assumiu o Governo do Estado, em 2019, prometeu dar uma solução para a obra do VLT, que consumiu mais de R$ 1,2 bilhão e encontrava-se abandonada desde dezembro de 2014.

 

“E dar uma solução significa criar uma alternativa para terminar esse problema gigante que criaram no Estado”, disse.

 

“A população tem que entender que esse negócio nasceu errado. Tudo que nasce errado é difícil, complicado de ser consertado”, completou.

 

A população tem que entender que esse negócio nasceu errado. Tudo que nasce errado é difícil, complicado de ser consertado

Criticado por alguns políticos por não ter feito consultas aos parlamentares, prefeitos ou à bancada federal de Mato Grosso antes de anunciar a troca do modal, Mendes relembrou que o modal inicialmente escolhido para o Estado era o BRT – e que não houve consulta à população antes de realizar a mudança, em 2011.

 

“Lá atrás, eles não ouviram ninguém. Simplesmente arrumaram um laudo falsificado no Ministério [das Cidades]. Essa história já começou errada na origem”, disse.

 

“No início, a decisão do Estado, junto com o Governo Federal, era de fazer um BRT porque os estudos técnicos apontavam que a melhor alternativa era isso. Aí aparecem os iluminados da época, e todos sabem de quem estou falando e o objetivo que eles tinham, que era roubar o Estado de Mato Grosso. E roubaram. Muito”, afirmou.

 

O democrata fez referência à delação feita pelo ex-governador Silval Barbosa, que confessou que o seu grupo recebeu R$ 18 milhões em propina no VLT.

 

Contrato rescindido

 

[VLT] é um negócio antigo, antiquado. É uma tecnologia que não se usa mais em lugar nenhum do mundo. Venderam algo que não se usa mais, empurraram isso porque desde o início esse negócio nasceu com propina

Na sequência, Mendes falou do imbróglio jurídico enfrentado pelo Governo do Estado com o Consórcio VLT, responsável pela execução da obra.

 

Conforme o chefe do Executivo, o contrato da obra foi rescindido ainda no Governo Pedro Taques. As empresas que integram o Consórcio recorreram junto ao Tribunal de Justiça e ao Superior Tribunal de Justiça (STJ), mas perderam em ambas as instâncias.

 

“O contrato com esse negócio não existe mais. Tem um processo na CGE [Controladoria-Geral do Estado], que está finalizando, que deve declarar a inidoneidade deles, porque praticaram corrupção”, disse.

 

“Então, essa decisão não é do governador Mauro Mendes. É dos técnicos. E comigo funciona assim: se você tem um bom argumento e coloca ele sobre a mesa, eu acato a justificativa técnica”, completou.

 

O democrata ainda comparou os dois modais, apontando as vantagens do BRT, afirmando que o novo transporte é elétrico, movido à bateria, enquanto o VLT usa cabos aéreos que poluem a cidade, “igualzinho aqueles bondinhos de 100 anos atrás”.

 

“Tem gente que, para defender o VLT, diz que o BRT é movido a óleo diesel. O cara está com informação de 20 anos atrás. Ele é um desatualizado, desinformado ou é malandro que está usando de uma mentira para tentar atacar o BRT”, criticou.

 

“[VLT] é um negócio antigo, antiquado. É uma tecnologia que não se usa mais em lugar nenhum do mundo. Venderam algo que não se usa mais, empurraram isso porque desde o início esse negócio nasceu com propina”, disparou.

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2 Comentário(s).

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joaoderondonopolis  13.01.21 15h20
Teste de coragem: Fale o nome de cada um que roubou na decisão do VLT.
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Nilson Ribeiro  13.01.21 14h19
Nilson Ribeiro, seu comentário foi vetado por conter expressões agressivas, ofensas e/ou denúncias sem provas