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26.12.2023 | 07h00 Tamanho do texto A- A+

Pátio cita risco a moradores e critica Rumo por mudar traçado

O prefeito já havia embargado a obras, mas a decisão foi suspensa

Thiago Bergamasco/TCE-MT

O prefeito de Rondonópolis, José Carlos do Pátio, que criticou a Rumo

O prefeito de Rondonópolis, José Carlos do Pátio, que criticou a Rumo

VITÓRIA GOMES E ENZO TRES
DA REDAÇÃO

O prefeito de Rondonópolis, José Carlos do Pátio (PSB), criticou a Rumo, empresa responsável pela construção da ferrovia estadual, por alterar o traçado original para passar dentro da cidade.

 

Em novembro, o gestor havia embargado a obra no município após a Rumo apresentar o novo trajeto mostrando que a ferrovia passaria dentro do Bairro Maria Amália.

 

Tem que respeitar o plano diretor do município e o nosso diz que não pode passar nada dentro da cidade

Pátio considerou a mudança um risco aos moradores e ao meio ambiente e retirou a certidão de uso e ocupação do solo para continuidade das obras.

 

Porém, na última sexta-feira (15), o juiz Aroldo José Zonta suspendeu a decisão administrativa do gestor, permitindo o retorno da construção da ferrovia com o traçado alterado.

 

“Não tem sentido mudar o traçado da rodovia para prejudicar uma cidade, por isso embargamos. Ela deveria fazer o acompanhamento do Anel Viário por fora da cidade e não entrar na cidade e ficar a 30 metros de um bairro humilde. E o risco das crianças? Isso não tem sentido”, afirmou.

 

Nas últimas semanas, a Rumo vem recebendo uma série de críticas, inclusive de deputados estaduais, justamente por desrespeitar o projeto feito com o Governo do Estado.

 

Na semana passada, os parlamentares da bancada de Rondonópolis se reuniram com a secretária estadual de Meio Ambiente, Mauren Lazzaretti, para tentar suspender a autorização que permite a mudança de rota da ferrovia.

 

Para Pátio, além do risco e preocupação por parte dos moradores do Bairro Maria Amália, a mudança do traçado também será prejudicial, pois trará um prejuízo econômico ao Estado.

 

“Ela economiza em dinheiro, mas não economiza em tempo. No Estado de São Paulo, a ferrovia roda a 30km/h porque passa dentro da cidade. Então, por que não sair fora da cidade? Você gostaria que uma ferrovia cortasse Cuiabá?” questionou.

 

“Tem que respeitar o plano diretor do município e o nosso diz que não pode passar nada dentro da cidade. Somos favoráveis a ferrovia continuar, mas naquele ponto nós embargamos a obra”, completou.

 

Leia mais:

 

Juiz suspende decisão de Pátio que embargou obra de ferrovia

 

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COMENTÁRIOS
4 Comentário(s).

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Carlos  27.12.23 07h19
Quando se faz uma RODOVIA não demora para a cidade crescer para o rumo da Rodovia, e com certeza se essa FERROVIA ficar três km da cidade, não dou 1 ano para a cidade estar grudada na ferrovia.
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Bortoloti  26.12.23 16h06
O problema são as crianças? Crianças não tem que ficar rua. Criança tem que estar nas creches,escolas de forma integral.
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Robélio Orbe  26.12.23 12h29
Qual o interesse ou viabilidade econômica que justifique a alteração do traçado da ferrovia?
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Paulo   26.12.23 07h43
Em São Paulo, várias cidades a ferrovia passa por dentro da cidade. Como exemplo foto duas que conheço: São Carlos e Hortolândia. Quando eu era criança, morava em Campo Grande -MS e a ferrovia passava por dentro da cidade; não sei agora, se continua ou mudaram. Em São Carlos a estação se tornou uma atração turística.
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