Cuiabá, Segunda-Feira, 3 de Novembro de 2025
"CASO CRÍTICO"
03.11.2025 | 10h00 Tamanho do texto A- A+

Mendes defende operação no RJ e critica PEC da Segurança de Lula

Governador disse que gestão Lula dá “sinais confusos” sobre combate às facções criminosas no Brasil

Victor Ostetti/MidiaNews

O governador Mauro Mendes, que saiu defesa do colega Cláudio Castro

O governador Mauro Mendes, que saiu defesa do colega Cláudio Castro

CÍNTIA BORGES
DA REDAÇÃO

O governador Mauro Mendes (União) saiu em defesa do governador do Rio de Janeiro, Cláudio Castro (PL), e da Operação Contenção, que resultou na morte de 121 pessoas, entre elas quatro policiais, na capital fluminense. 

 

Na forma proposta, a PEC não significa nada. Precisamos de instrumentos mais inteligentes, duros e eficientes

Mendes afirmou que o episódio no Rio é “lamentável”, mas serviu de alerta para o Governo Federal sobre o crescimento das facções criminosas em todo o país. 

 

O governador também criticou duramente a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) da Segurança Pública, encaminhada pelo Governo Federal ao Congresso, dizendo que o texto atual “não resolve nada”.

 

“É lamentável que precisemos ter um episódio como esse para que o Brasil acorde para esse grave problema que é o aumento das facções criminosas em todo o país. [...] O Rio de Janeiro é um caso crítico, mas temos que reconhecer que as facções cresceram no Brasil e isso virou uma grande epidemia”, afirmou ele em entrevista ao programa Rádio Bandeirantes Manhã.

  

Mendes disse que reação do Governo Federal à operação gerou preocupação entre os gestores de direita e afirmou que o Governo Lula tem dado “sinais confusos” sobre o combate ao crime organizado.

 

“Depois do episódio do Rio, conversamos e vimos que existia um risco de retaliação — talvez do Governo Federal — porque deu em muitos momentos sinais um pouco confusos. [...] A grande janela de oportunidade é essa PEC que o governo mandou da Segurança”, disse o governador ao anunciar que deve se reunir com os governadores de direita essa semana.

 

“Na forma proposta, a PEC não significa nada. Não precisa fazer uma PEC para dizer que vai integrar as forças de segurança. Precisamos de instrumentos mais inteligentes, mais duros e eficientes para botar um fim nessas facções”, acrescentou.

 

Facções e assassinatos

 

Mendes destacou, ainda, uma comoção seletiva por parte de autoridades e instituições e citou os números da violência no Brasil para justificar a operação.

 

“Todos os dias no Brasil morrem cerca de 120 a 140 pessoas assassinadas. As facções criminosas representam 70% a 80% desses homicídios. Ou seja, todos os dias matam cerca de 100 pessoas no País. Alguém foi convocado para depor? Estão fazendo alarde? As ONGs estão se comovendo com essas mortes que diariamente acontecem no Brasil? Não”, disse.

  

“O governador Cláudio Castro foi muito corajoso, enfrentou os bandidos. Eles reagiram, a Polícia estava bem preparada e deu no que deu. Temos que lembrar que todos os dias esses ‘caras’ matam em média 100 pessoas no País e eu não vi ninguém fazendo nada até agora”, completou.

 

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