A presidente da Câmara Municipal, vereadora Paula Calil (PL), defendeu a CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) para investigar o contrato de 30 anos entre a Prefeitura de Cuiabá e a empresa CS Mobi, responsável pelo estacionamento rotativo.
Em entrevista ao MidiaNews ela afirmou que os cuiabanos estariam sendo enganados com o contrato firmado entre a empresa e o ex-prefeito Emanuel Pinheiro (MDB).
“A CS Mobi instalou os parquímetros e começou a fazer a cobrança no estacionamento rotativo de rua. Além disso, tem mais a questão que a prefeitura ter que pagar mensalmente o valor de R$ 650 mil para à empresa. E o que a CS Mobi fez para o povo? Quais são os benefícios para o povo? Uma calçada?”, questionou.
“A obra até agora, nada. Faz praticamente um ano que estão cobrando o estacionamento de rua. O vereador Rafael Ranalli deu entrada em uma CPI e nós vamos realmente investigar. A população cuiabana está sendo enganada”, acrescentou.
O vereador Dilemário Alencar (União) defendeu que Emanuel deve ser convocado para explicar essas irregularidades na concessão.
Questionada se apoia a convocação do ex-prefeito, a presidente concordou. “Se houver a necessidade, sim”, disse.
A concessão de 30 anos firmada na gestão do ex-prefeito previa melhorias na infraestrutura do Centro Histórico, promovendo acessibilidade e inovação urbana.
No entanto, o prefeito Abilio Brunini (PL) apontou que os avanços não ocorreram de forma satisfatória e ameaçou romper o contrato com a CS Mobi.
A empresa, por sua vez, exigiu uma indenização de R$ 135 milhões para encerrar a concessão. Proposta que foi rechaçada pelo prefeito.
"Você é um empreendedor, você vai abrir um negócio e não vai correr risco nenhum? A prefeitura ainda colocou lá R$ 650 mil todo mês como garantidora. É um absurdo, é o cúmulo do absurdo, porque ele vai explorar durante 30 anos essa concessão. Não foi um bom negócio para o povo cuiabano e a gente está lá para defender”, disse.
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