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CPI NA AL
02.12.2015 | 20h00 Tamanho do texto A- A+

Prado diz que "abre as gavetas" e reclama de "avacalhação"

Chefe do MPE diz que não há nada a esconder e reclama de "achincalhamento" por deputados

Marcus Mesquita / Mídia News

O procurador-geral de Justiça, Paulo Prado: hora marcada

O procurador-geral de Justiça, Paulo Prado: hora marcada

AIRTON MARQUES
DA REDAÇÃO

O procurador-geral de Justiça de Mato Grosso, Paulo Prado, afirmou nesta terça-feira (1) que deputados estaduais estão se aproveitando da criação da CPI que investigará as cartas de créditos pagas a 47 membros da instituição para "achincalhar" e "avacalhar" o Ministério Público Estadual (MPE).

 

As cartas foram compradas pela Rede Cemat, em 2009, e pagas aos promotores e procuradores de Justiça que tinham créditos trabalhistas, relacionados à férias vencidas, a receber.

 

De repente, em quinze dias, todo mundo está indo lá na tribuna criticando, achincalhando e avacalhando. Querem investigar? É só marcar dia e hora

“De repente, em quinze dias, todo mundo está indo lá na tribuna criticando, achincalhando e avacalhando. Querem investigar? É só marcar dia e hora", disse.

 

Prado disse também que está à disposição para "abrir suas gavetas". E criticou o fato de o ex-secretário de Estado Eder Moraes ter motivado a criação da comissão.

 

“Eu abro todas as gavetas, podem fotocopiar o que quiser, que não temos nada a esconder. Se quiserem, abro hoje o meu gabinete. Eu não sou contra a CPI. O que achei estranho foi a forma com que isso aconteceu. Não tenho nada a esconder. Agora, uma CPI ser motivada por um criminoso, por um homem condenado a 69 anos de cadeia e usando tornozeleira eletrônica?”, questionou.

 

O promotor de Justiça Clóvis de Almeida Júnior, da Promotoria de Defesa do Patrimônio Público e da Probidade Administrativa, afirmou que a CPI não irá encontrar irregularidades.

 

Ele disse que o pagamento dos créditos já passou pela analise do Tribunal de Contas do Estado (TCE-MT) e de outros órgãos de fiscalização.

 

Marcus Mesquita/MidiaNews

Clovis de Almeida Junior

O promotor Clóvis de Almeida Júnior

“A CPI tem que ser instaurada para investigar ilícitos. Estas cartas de crédito já foram analisadas duas vezes pelo Tribunal de Contas do Estado, pelo Conselho Nacional, pela Procuradoria Geral da República e pela Procuradoria Interna. Ou seja, já passou por cinco auditorias, que concluíram pela regularidade destas cartas de crédito. Então, se a Assembleia tiver instaurando esta CPI para avaliar essas cartas, eles não vão encontrar nada de irregular”, afirmou.

 

Assim como o procurador-geral de Justiça, o promotor questionou a criação da CPI, motivada por um depoimento de Eder.

 

“Agora, dar crédito a este tipo de pessoa, acredito que é um julgamento que cada um deve fazer individualmente. Você acreditaria em alguém, que está condenado a 69 anos de prisão e que esta em uma situação que não tem nada a perder, atirando para todos os lados?”, questionou.

 

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