Ralf Leite nega namoro e diz que agressão foi verbal

Após se reunir com integrantes da Mesa Diretora da Câmara de Cuiabá, por quase duas horas, na tarde desta segunda-feira (6), o vereador Ralf Leite (PRTB), exibindo um arranhão na face, negou à Imprensa que tenha agredido fisicamente a sua namorada, Cristina Biezus Gentil, 19. A garota registrou queixa no Cisc Verdão contra o vereador, afirmando que ele a agrediu e tentou matá-la, por asfixia, na madrugada de domingo (5), em sua casa, em um condomínio próximo à Estação Rodoviária.

Ralf leite, em declarações aos jornalistas, amenizou a situação contada por Cristina à Polícia Civil, ressaltando que ocorreu "uma discussão forte" e que teria agredido a namorada "verbalmente". Por outro lado, o vereador acusou a garota de dar uma "unhada" em seu rosto. "Estão querendo forçar a barra para meu lado. Não teve nada de agressão, nos desentendemos e pedi para ela sair da minha casa", contou.

O vereador do PRTB relatou que Cristina seria sua ex-namorada, que o relacionamento começou em 2007 e durou apenas um ano. Ele contou que ela tinha livre acesso em sua casa, por ainda manter um bom relacionamento com sua mãe. "Não somos mais namorados, como estão colocando na Imprensa. Tive um relacionamento com ela, mas, agora, não tem mais nada", afirmou.

Ele observou que o motivo da discussão, como o fato foi classificado em sua versão, foi devido a ciúmes da jovem, que teria encontrado uma mensagem no celular dele e não teria gostado do teor. "Ela queria reatar o namoro, que não existia mais. Quando ela pegou meu celular e viu uma mensagem que não gostou, veio tomar satisfação. Nesse momento, pedi para ela sair da minha casa, discutimos e ela foi para delegacia", relatou.

Todavia, a versão de Cristina é que ela estava na casa dele, por volta das 2 da madrugada de domingo, quando uma pessoa teria ligado em seu celular. A ligação teria gerado ciúmes em Ralf Leite, que a agrediu com um soco, bateu sua cabeça na parede e tentou enforcá-la. "O que ela relatou para policia não é verdade. Não sei o motivo para ela fazer isso. Quem sabe, tem motivação política, mas não sei por que ela fez isso", afirmou.

Mesmo a garota apresentando, visivelmente, a lesão no rosto, Ralf Leite tentou alegar, em sua defesa, a inexistência de hematomas em Cristina. "Estão exagerando. Tudo que acontece comigo vira fato! Não tem nem hematoma nela", disse, ao ser, rapidamente, questionado por vários jornalistas que tiveram contado com a jovem e verificaram, pessoalmente, a existência do hematomas.

Laudo

O laudo de corpo de delito da jovem, feito pelo Instituto Médico Legal (IML) de Cuiabá, nesta segunda-feira, ficará pronto, provavelmente, na próxima quinta-feira (9). "Pode até ter o hematoma, mas não tem nada comprovado pelo IML. Então, eu gostaria de ter, pelo menos, o direito da defesa e não ser julgado antecipadamente", declarou o vereador.

Ralf afirmou que estavam em sua casa, na hora que Cristina esteve lá, seu pai, seu irmão e sua mãe. Relatou também que ela ficou, aproximadamente, 30 minutos em sua casa, até a discussão. Ele conta ainda que a garota saiu dirigindo o próprio carro, sem sofrer nenhum tipo de agressão física. "Já falaram que ela saiu desmaiada. Tudo mentira! Ela foi dirigindo o carro dela", afirmou.