Cuiabá, Sexta-Feira, 15 de Agosto de 2025
ALVO DA POLÍCIA FEDERAL
16.11.2013 | 21h50 Tamanho do texto A- A+

Rede de postos mantém contrato com Prefeitura e AL

Amazônia Petróleo também forneceu combustível ao Governo do Estado

Pedro Alves/MidiaNews

Um dos postos da rede Amazônia Petróleo, alvo de operação da Polícia Federal

Um dos postos da rede Amazônia Petróleo, alvo de operação da Polícia Federal

ISA SOUSA
DA REDAÇÃO
A rede de postos Comercial Amazônia Petróleo, pertencente ao empresário Júnior Mendonça, alvo de Operação Ararath, da Polícia Federal, na última terça-feira (12), mantém contrato de fornecimento de combustível com a Prefeitura de Cuiabá e a Assembleia Legislativa de Mato Grosso.

A operação foi deflagrada após investigações sobre suposta prática de crimes contra o sistema financeiro nacional e lavagem de dinheiro.

No último mês de julho, a Prefeitura de Cuiabá realizou um pregão presencial, no valor de R$ 9,5 milhões, vencido pela Amazônia Petróleo.

No mesmo mês, o contrato foi cancelado, com a justificativa de que havia falhas no edital e por “razões de interesse da administração pública”.

Na sequência, a prefeitura contratou a mesma Amazônia Petróleo, por R$ 3,7 milhões, em caráter emergencial e com dispensa de licitação. O contrato está em vigência e tem validade de seis meses.

Na semana passada, a prefeitura realizou outra licitação para fornecimento de combustível. Até o momento, o resultado não foi divulgado.

Na Assembléia Legislativa, a rede firmou um contrato em 2011, encerrado no ano passado, no valor de R$ 10.596,002.80.

Um  novo contrato com a empresa foi assinado em junho passado - os valores não constam no Diário Oficial do Estado.

Até fevereiro de 2012, a empresa também era a responsável pelo credenciamento de postos e fornecimento de combustível para o Governo do Estado na Capital e em Várzea Grande.

O contrato, firmado em julho de 2011, foi de R$ 14 milhões.

Atualmente, o combustível do às secretarias e órgão do Estado é fornecido pela Marmeleiro Auto Posto Ltda. Grande parte dos postos desta empresa estão com a bandeira Idaza.

Campanha

Em sua campanha para a Prefeitura de Cuiabá, em 2012, Mauro Mendes adquiriu R$ 379 mil em combustível da Comercial Amazônia Petróleo. O valor consta em prestação de contas, disponível no site do Tribunal Superior Eleitoral.

Operação

Conforme a Polícia Federal, as investigações iniciadas em 2011 apontaram a suposta participação de Mendonça em crimes contra o sistema financeiro nacional (operação clandestina de instituição financeira) e lavagem de dinheiro.

Nos últimos seis anos, foi movimentada a quantia de mais de R$ 500 milhões, nas contas das pessoas investigados.

Segundo a PF, os envolvidos não pagaram impostos sobre os empréstimos, registrando os mesmos como se fossem descontos e cobrança de cheques.

O grupo investigado utilizava-se de empresas de factoring, de fachada, para concessão de empréstimos a juros a diversas pessoas físicas e jurídicas no Estado, tendo como base operacional a empresa Globo Fomento Mercantil, localizada em Várzea Grande.

O apartamento de Mendonça, no bairro Santa Rosa, na Capital, assim como um de seus postos de combustíveis e seu escritório, foram alvos de busca e apreensão.

O empresário possui 11 postos em Cuiabá e Várzea Grande, com a bandeira Petrobrás.

Mendonça, em 2008, chegou a ser preso pelo Grupo de Atuação Especial Contra o Crime Organizado (Gaeco) do Ministério Público Estadual (MPE), com dirigentes do ramo de combustível de Cuiabá, por suposta formação de cartel.

Leia mais sobre o assunto:

PF confirma apreensão de R$ 325 mil durante operação


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COMENTÁRIOS
7 Comentário(s).

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Caroline  18.11.13 09h00
Não é não o primeiro ano de mandato do mauro e já tem tantas polemicas: Leilão do TRT, aluguel de maquinário, cumbustivel e etc. Muito frustante para quem surgiu como renovação politica.
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Carlos G Almeida  17.11.13 12h49
confio no trabalho da PF e ao final saberemos a verdade
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santos  17.11.13 09h59
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Peterson  17.11.13 09h40
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florisvaldo v dos santos  17.11.13 08h08
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