Cuiabá, Sexta-Feira, 5 de Dezembro de 2025
CRISE ECONÔMICA
14.09.2016 | 08h36 Tamanho do texto A- A+

Sem caixa, Taques cogita decretar estado de calamidade

Medida também pode ser anunciada por outros 13 governadores do Centro-Oeste, Nordeste e Norte

GCom MT/José Medeiros

O govevarnador Pedro Taques (PSDB), após reunião em Brasília

O govevarnador Pedro Taques (PSDB), após reunião em Brasília

DA REDAÇÃO

O governador de Mato Grosso, Pedro Taques (PSDB), afirmou, em nova reunião com o ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, nesta terça-feira (13), que estuda decretar estado de calamidade diante da grave crise econômica.

 

A mesma medida também foi anunciada por governadores de outros 13 Estados do Centro-Oeste e Nordeste, assim como os de Tocantins e do Pará.

 

Segundo os governadores, diante da falta de resposta do Governo Federal após várias reuniões em busca de alternativas para aumentar os recursos, “decretar estado de calamidade parece ser a única forma de pagar as contas”.

 

A principal reivindicação destes Estados, responsáveis pela maior fatia da economia brasileira, é o pagamento do Auxílio Financeiro para Fomento às Exportações, o FEX 2016, calculado em R$ 1,950 bilhão.

 

“Os Estados avisaram que vão decretar estado de calamidade, como foi feito no Rio de Janeiro, se não houver uma solução em 10 dias. Imaginem: com tantos estados decretando calamidade, isso faz com que o Brasil perca grau de investimento, porque mostra que os Estados estão quebrados", afirmou o governador.

 

"Os governadores do Centro-Oeste também estão conversando neste sentido”, completou.

 

Mato Grosso, por ser o maior exportador brasileiro, tem direito à maior fatia do FEX, previsto em R$ 450 milhões.

 

“Não estamos preocupados em fechar a conta do ano, mas as contas do mês. Já falta gasolina para as viaturas da polícia. Dinheiro para os hospitais. Em Mato Grosso já tivemos que fazer um Termo de Ajustamento de Conduta com os demais poderes por causa do duodécimo. A União nos deve e é direito dos Estados em relação ao FEX. É uma situação emergencial”, disse Taques ao ministro.

 

Os governadores cobram uma resposta da União. A última reunião com o ministro Henrique Meirelles foi realizada há 23 dias e, na ocasião, um prazo de 15 dias foi pedido pelo Governo Federal.

 

O governador de Goiás, Marconi Perillo, falou sobre uma nova alternativa para garantir os recursos aos Estados, que tentam reorganizar as contas e superar o desequilíbrio fiscal.

 

“Deixamos a redação de uma emenda com o presidente da Câmara de Deputados incluindo os Estados e também os Poderes no teto de gastos da Federação. Não adianta ficarmos discutindo aqui, pedindo apoio, se não tivermos um garantidor de que nos possibilite fazer investimentos”.

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Waldir Roque  14.09.16 19h04
Robson, permita-me discordar da sua opinião. Mas a iniciativa privada é a mola propulsora de qualquer país/estado no mundo, e deve ser MUITO respeitada. Pois é ela que gera os dividendos ($$$) que pagam o salário do funcionalismo, ou vc acha q o estado é um ser autosustentável que viveria apenas de si mesmo e da arrecadação de seus próprios funcionários?!?! Pensar isso é absurdo e desarrazoado... Não se iluda com o discurso fácil, de que quebrou é pq era incompetente, ou de quem critica o funcionalismo é pq não teve mérito para conseguir aprovação em concurso público.
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Clovis  14.09.16 18h29
Qual é a novidade? O que faz jus a um governo calamitoso.
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Marcio  14.09.16 17h19
Pra sair da crise estado tem que cobrar trabalhar não reduzir a carga horária em 25% pra economizar 10% isso é prejuízo para os contribuintes E rasgar o dinheiro público
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Robson   14.09.16 16h26
Carlos vou lhe informar direito , crise até há pra quem não vai a luta amigo ou estuda... Vejamos muitos comércios fecharam portas por investir para a copa, de quem é a culpa? Outros investiram em imóveis para especulação... Ainda tem alguns que fizeram maus negócios ( Trescinco e Ariel ) sim pq quando estavam com isenção não aproveitaram e se prepararam vindo a quebrar , pq cito tais exemplos , simples pra te mostrar que foi ato falho dos lideres e gestores dessas empresas... Se tu reclama do funcionalismo público passe em um concurso e veja se é assim como você pensa ...
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CARLOS  14.09.16 11h51
SÓ NÃO TEM CRISE PARA O FUNCIONARISMO PUBLICO, SERIA INTERESSANTE ELES SAÍREM DE DENTRO DE SUAS SALAS E DO AR CONDICIONADO E DAR UMA VOLTA NO DISTRITO INDUSTRIAL OU ATÉ MESMO NO CENTRO DE CUIABÁ OU VÁRZEA GRANDE PRA VER O QUANTO DE INDUSTRIAS E EMPRESAS FECHARAM A PORTA, E NÃO SÃO EMPRESAS DE POUCO TEMPO DE MERCADO.....VAMOS ACORDAR PRA VIDA MEU POVO, POR ENQUANTO VCS ESTÃO RECEBENDO EM DIAS....
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