O secretário de Estado de Saúde Gilberto Figueiredo criticou a maneira com que o Ministério da Saúde está conduzindo a possibilidade de liberação da vacina contra Covid-19 para crianças acima de 5 anos.
A aplicação do imunizante Pfizer foi liberado pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) em crianças entre os 5 anos e 11 anos, após ouvir representantes de cinco sociedade médicas. A medida, entretanto, foi criticada pelo presidente Jair Bolsonaro (PL).
Assim, o ministro da Saúde Marcelo Queiroga anunciou que realizará uma consulta pública sobre a vacinação infantil contra a Covid no dia 2 de janeiro.
Figueiredo apontou que os secretário de Saúde de todo País, representado pelo Conass, se posicionaram favoráveis à vacinação pediátrica e sem a necessidade de audiência ou consulta pública.
“Não havia necessidade de ter audiência pública para discutir esse assunto. A ciência, instituições e especialistas já decidiram sobre a importância de imunizar as crianças de 5 a 11 anos”, disse à TV Vila Real em audiência nesta semana.
“O mundo já decidiu isso. Não houve audiência pública para decidir vacinação de nenhum público e tampouco do uso das outras vacinas”, emendou.
Segundo o secretário os empecilhos criados pelo Governo Federal fortalecem as ideias de negacionistas e propaga a desinformação.
“Agora, se cria mais um dificuldade e isso ajuda o negocionismo. Intensifica e aumenta essa corrente de pessoas que hoje fazem campanha contra uma vacina que foi cientificamente comprovada como muito eficaz”, garantiu o secretário.
Com as críticas de bolsonaristas, o ministro Queiroga adiou a decisão sobre vacinas em crianças para 2022. Compete ao Ministério da Saúde a compra das vacinas pediátricas e a inclusão no Programa Nacional de Imunização (PNI).
Neste fim de semana, o presidente chegou a afirmar que – a depender dele – a vacinação em crianças só deverá ocorrer com autorização dos pais e mediante apresentação de "receita médica”.
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