Cuiabá, Sexta-Feira, 12 de Setembro de 2025
VOTAÇÃO SEGURA
15.11.2020 | 07h30 Tamanho do texto A- A+

TRE: urna eletrônica é avanço; voto manual permite fraude

Secretário de Tecnologia da Informação do TRE diz que sistema é à prova de inserção ilegal de votos

MidiaNews

O secretário de Tecnologia da Informação do TRE, Luiz Cézar Darienzo

O secretário de Tecnologia da Informação do TRE, Luiz Cézar Darienzo

THAIZA ASSUNÇÃO
DA REDAÇÃO

As eleições presidenciais nos Estados Unidos trouxeram à tona a discussão sobre a segurança do voto e a rapidez da apuração.

 

Enquanto lá a votação e contagem dos votos são feitas manualmente, no Brasil tudo acontece de forma eletrônica.

 

Segundo o secretário de Tecnologia da Informação do TRE, Luiz Cézar Darienzo, as urnas eletrônicas não só possibilitam uma apuração mais rápida como também é muito mais confiável do que o voto manual.

 

A apuração das eleições nos EUA - que aconteceu no dia 3 de novembro - ainda se arrastava neste final de semana, apesar de Joe Biden já ter sido declarado vencedor. Já no Brasil, contagem é feita em poucas horas.

 

No processo manual, a capacidade de fraude é extremamente elevada. Há possibilidade de sumirem com as urnas e até mesmo, escrever nomes de candidatos em cédulas que foram deixadas em branco

Em Mato Grosso, por exemplo, o encerramento da apuração dos votos das eleições municipais e para Senado neste domingo (15) está previsto para terminar entre 21h a 22h do mesmo dia, conforme o TRE.

 

Conforme Darienzo, o voto manual é muito mais fácil de ser fraudado do que o eletrônico.

 

“No processo manual, a capacidade de fraude é extremamente elevada. Há possibilidade de sumirem com as urnas e até mesmo, escrever nomes de candidatos em cédulas que foram deixadas em branco, além da inserir votos em carreirinha”, afirmou.

 

Darienzo destacou que a urna eletrônica é um avanço e o processo eleitoral do Brasil é visto como um dos mais íntegros e modernos do mundo.

 

“De acordo com estudo feito por duas universidades estrangeiras, o nosso processo eleitoral, e não falo só das urnas eletrônicas, é um dos maiores em nível de integridade. A nossa segurança não fica só em cima da urna. Existe um processo eleitoral inteiro montado com várias etapas de auditorias cruzadas que permite com que a gente consiga analisar se o voto está integro ou não”, afirmou.

 

Segundo o secretário, desde a utilização das urnas eletrônicas, há 20 anos, nunca houve o registro de inserção de votos não legítimos nas urnas.

 

“Nós não temos na história da votação eletrônica, nenhum registro de inserção de votos. É um processo muito bem amarrado. Nós escrevemos o código das urnas em todo sistema, esses códigos são auditados pelos partidos, pelo Ministério Público Eleitoral e PF, e são assinados digitalmente por esses mesmos auditores. Nós conseguimos garantir que o software que está rodando na urna é o mesmo que foi auditado”, declarou.

 

Ainda conforme Darienzo, não há risco sequer de um ataque de hacker no momento da transmissão dos votos, por exemplo, da escola ou cartório eleitoral para o TRE.

 

“O processo de transmissão tem várias paredes de segurança, é muito difícil de ser quebrado. Esse trajeto é feito através de um tubo, um sistema criptografado, numa rede privada”, disse.

 

“Se um hacker tiver acesso a rede onde nós enviamos os votos, ele vai enxergar um monte de dados embaralhados, com bolinhas, quadradinhos. Ele não consegue saber o que é aquilo ali. E o tempo de transmissão é tão curto que não dá tempo dele retirar aquilo ali, quebrar várias camadas de segurança, para abrir, modificar e ainda reassinar como se fosse a urna eletrônica”, afirmou.

 

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Paulo Cesar  15.11.20 12h52
Não confio plenamente na urna eletrônica. Independendo do tempo que ela exista. Qual a dificuldade em aceitar a instalação da impressão do voto junto a urna se é para fins de auditoria? já foi explicado que ninguém vai levar a impressão bilhões de vezes....
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