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VOTAÇÃO EM IOWA
16.01.2024 | 17h37 Tamanho do texto A- A+

"Trump é o claro favorito do outro lado neste momento", diz Biden

O presidente dos EUA, Joe Biden, é provável candidato à reeleição pelo Partido Democrata

Andrew Harnik/AP

O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden

O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden

DA FOLHAPRESS

O presidente dos Estados Unidos e provável candidato à reeleição pelo Partido Democrata, Joe Biden, afirmou que Donald Trump é o favorito entre os republicanos para disputar a Casa Branca em 2024 após a vitória expressiva do rival político no caucus de Iowa, que deu início às primárias do partido.

 

Ao acrescentar que a corrida eleitoral se dará contra extremistas, o atual chefe do Executivo americano pediu mais recursos para sua campanha.

 

"Parece que Donald Trump acabou de ganhar em Iowa. Ele é o claro favorito do outro lado neste momento", escreveu Biden nas redes sociais nesta terça (16), em mensagem acompanhada de um link para doações.

 

"Mas o problema é o seguinte: esta eleição sempre seria você [eleitor] e eu contra os republicanos extremistas do Maga [sigla para Make America Great Again, slogan do ex-presidente]. Então, se você está conosco, contribua agora", afirmou.

 

Confirmando expectativas, Trump venceu com facilidade a primeira batalha pela nomeação republicana da corrida pela Casa Branca, em Iowa, na segunda-feira (15).

 

Com mais de 95% dos votos contados, o ex-presidente tem 51% de apoio -maior percentual já obtido em uma disputa do partido. A distância para Ron DeSantis, que teve 21,2% dos votos, foi de praticamente 30 pontos percentuais, outro número inédito.

 

Em terceiro lugar, Nikki Haley obteve 19,1%. O resultado fortaleceu a perspectiva de um novo embate entre o empresário e Biden em novembro. Nas eleições de 2020, em que acabou derrotado por Biden, o republicano venceu o democrata em Iowa.

 

Levantamento feito pelo americano Wall Street Journal divulgado no mês passado mostrou o republicano com 37% das intenções de voto, seis pontos à frente do democrata, com 31%.

 

A margem de erro é de 2,5 pontos percentuais, para mais ou para menos. Desde meados do ano, Biden tornou sua política econômica, chamada de "Bidenomics", seu carro-chefe de campanha.

 

Apesar da repetição do mantra da melhora da economia discurso após discurso nos últimos meses, mais da metade dos eleitores têm uma visão negativa do programa, segundo o Wall Street Journal.

 

O democrata, portanto, deve concorrer à Casa Branca mais desgastado do que no pleito anterior. Trump, por sua vez, repetiu após a vitória em Iowa as prioridades de seu eventual novo mandato: fechar a fronteira para conter a imigração, perfurar petróleo, combater o crime, "resgatar a economia" e acabar com a dívida pública.

 

Trump é réu em quatro processos criminais, e a lista de problemas com a Justiça pode atrapalhar sua campanha, com as datas dos julgamentos se misturando com debates e votações nas primárias.

 

A acusação de insurreição é considerada a principal brecha para que Trump seja impedido de concorrer novamente. No mês passado, a Justiça do Maine e do Colorado barraram o republicano de participar das primárias republicanas sob o argumento de que ele teria cometido insurreição -o ex-presidente recorreu das decisões.

 

A 14ª emenda da Constituição americana impede indivíduos que já tenham feito um juramento para proteger a Carta Magna de ocuparem um cargo público caso cometam "insurreição ou rebelião".

 

Após as acusações de fraude, sem provas, sobre as eleições de 2020, e a invasão do Capitólio em 6 de janeiro, em que apoiadores de Trump tentaram impedir a confirmação da vitória de Joe Biden, muitos juristas e entidades passaram a argumentar que a 14ª Emenda se aplicaria ao ex-presidente.

 

Ainda que diversos outros processos pesem contra ele -Trump é, afinal, o primeiro ex-presidente indiciado por um crime na história do país-, os EUA não possuem uma lei equivalente à da Ficha Limpa, que no Brasil impede a candidatura de condenados na Justiça, alvos de cassação de mandato ou que renunciaram. 

 

 

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