A Prefeitura de Várzea Grande, por meio da Secretaria Municipal de Assistência Social, discutiu, nesta quarta-feira (15), pela primeira vez, a segurança alimentar, nutricional e erradicação da fome no Município.
A discussão ocorreu no plenário das deliberações da Câmara Municipal e marca o ponto de partida para o estudo de segurança alimentar da cidade, pois, o Município nunca teve dados oficiais, ações programadas ou políticas públicas estruturadas para combater a fome.
A reunião contou com representantes da Secretaria de Estado de Assistência Social, Conselho Estadual de Segurança Alimentar, da Secretaria Municipal de Saúde, Secretaria Municipal de Meio Ambiente e Desenvolvimento Rural Sustentável, Secretaria Municipal de Educação, Cultura, Esporte e Lazer.
A secretária de Assistência Social, Cristina Saito, destaca que a ação marca o ponto de partida para o estudo de segurança alimentar da cidade, até então inexistentes.
No final da reunião, foi realizado um questionário online da Pesquisa de Segurança Alimentar. Por meio dele, o Município pretende elaborar planos de ação e políticas públicas permanentes voltados ao tema.
“Quando iniciamos a gestão, não identificamos ações dentro de Várzea Grande, a única coisa que encontramos é uma lei de 2003 que nunca foi implementada. Existem na nossa cidade crianças que têm uma única refeição diária e ela é servida dentro da escola ou de um centro de convivência. A gente precisa discutir esse tema para que consigamos melhorar a refeição dentro dos nossos serviços e elaborar estratégias em conjunto com as demais secretarias para que possamos levar isso à população. Nesse momento, estamos fazendo um diagnóstico para realizar o plano municipal de segurança alimentar”, disse a secretária.
O presidente da Câmara Municipal, o vereador Wanderley Cerqueira (MDB), relata que o Município tem uma missão gigantesca.
“Este tema é importante. Parabenizo a gestão por iniciar a discussão deste tema que nunca foi discutido em Várzea Grande. A Câmara está à disposição para colaborar no que for possível”, declara.
A presidente do Conselho Estadual de Segurança Alimentar, Eurípia de Faria Silva, explica a questão do direito à Alimentação Adequada e Saudável e a Soberania Alimentar.
“Várzea Grande está iniciando uma discussão importante e precisamos fortalecer a segurança alimentar, pois em um estado que produz tanto, ainda há pessoas que morrem de fome”, conta.
A secretária-executiva da Câmara Intersetorial de Segurança Alimentar e Nutricional (Caisan), Michelle Pedroso, destacou a importância de aderir ao Sistema Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional (SISAN).
“Os municípios e estados que aderem ao sistema podem melhorar a qualidade de vida de seus cidadãos, fortalecer a agricultura familiar e obter recursos técnicos e financeiros para o combate à fome”, discursa.
ACIMA DO PNAE - A coordenadora do serviço de inspeção animal da Secretaria de Meio Ambiente e Desenvolvimento Rural Sustentável, Kelly Enciso, acrescenta que a agricultura familiar de Várzea Grande cumpre 30% do Programa Nacional de Alimentação Escolar (PNAE).
“Temos uma agricultura familiar bem forte em Várzea Grande. É um dos poucos que cumprem os 30% do PNAE e já está chegando a 45%. Também estamos trabalhando na fiscalização, na rotulagem, na fiscalização do abate dos animais. Estamos verificando bem os produtos de origem animal para chegar de forma legal no prato do consumidor e do aluno nas escolas. Visamos a qualidade, inclusive temos produtores que foram premiados, recentemente, em Santa Catarina”, declara Kelly.
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