Dez policiais penais foram afastados do presídio onde trabalhavam, no Rio Grande do Norte, suspeitos de agredir o ex-atleta Igor Eduardo Cabral, réu por dar 60 socos na namorada.
Os agentes devem ficar afastados temporariamente da unidade penitenciária. Eles estavam lotados na Cadeia Pública Dinorá Simas, em Ceará-Mirim, onde Cabral está preso sob acusação de tentativa de feminicídio de Juliana Soares.
Os policiais penais foram realocados. Segundo a SEAP (Secretaria de Administração Penitenciária), eles passarão a atuar no Complexo Penal Agrícola Dr. Mário Negócio, "diante da incontestável necessidade do serviço público".
Entre no grupo do MidiaNews no WhatsApp e receba notícias em tempo real (CLIQUE AQUI).
Mudança ocorreu após decisão judicial. Os dez homens são investigados pela agressão em um processo que corre sob sigilo, informou o órgão.
Supostas agressões por parte dos funcionários foram denunciadas em agosto. Cabral relatou que foi colocado sozinho em uma cela, algemado e nu, e agredido por policiais penais. Ele disse ainda que autoridades deram murros, chutes e cotoveladas, além de terem usado spray de pimenta contra ele.
Cabral ainda narrou que policiais teriam dito que ele "chegou no inferno" e ameaçado envenenar sua refeição. Ainda na versão do preso, ele teria recebido um lençol e orientação para "se matar".
Na ocasião, ele foi levado à delegacia de plantão para registrar um boletim de ocorrência. Na sequência, a secretaria confirmou ter recebido a denúncia e declarou que estava averiguando os fatos.
Homem agrediu a namorada em elevador
Imagens de câmera de segurança mostram o homem agredindo a namorada com 61 socos seguidos no fim de julho. Caso aconteceu no elevador, e a vítima ficou no chão, sem reação. O porteiro do prédio viu a cena e chamou a polícia, que prendeu o ex-atleta em flagrante por tentativa de feminicídio. À polícia, ele alegou claustrofobia.
A vítima teve fraturas em vários ossos do rosto e passou por cirurgia de reconstrução. A mulher falou à TV Record que a agressão foi uma tentativa de acabar com sua vida. "Ele disse 'então você vai morrer' e começou a me bater", relatou. "Eu resisti, ele falhou no plano dele", declarou a mulher.
Em caso de violência, denuncie
Ao presenciar um episódio de agressão contra mulheres, ligue para 190 e denuncie. Casos de violência doméstica são, na maior parte das vezes, cometidos por parceiros ou ex-companheiros das mulheres, mas a Lei Maria da Penha também pode ser aplicada em agressões cometidas por familiares.
Também é possível realizar denúncias pelo número 180 — Central de Atendimento à Mulher — e do Disque 100, que apura violações aos direitos humanos.
|
0 Comentário(s).
|