Cariúcha corrigiu a advogada Márcia Passalini ao vivo no SBT no Fofocalizando de ontem, após a entrevistada usar o termo "denegrir", considerado racista.
Márcia é advogada de Rayane Figliuzi, namorada de Belo. Ela defendia a cliente, que trava uma batalha com o ex-marido.
A advogada usou o termo "denegrir", e Cariúcha a corrigiu imediatamente.
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"Doutora, desculpa por interromper, mas a gente não usa mais essa palavra denegrir. Essa palavra denegrir é uma palavra muito racista. Peço que a senhora não utilize mais essa palavra, por gentileza".
"Denegrir" é uma palavra racista?
Existe um impasse no significado da palavra: "Denegrir" tem origem no latim denigrare", que significa "tornar escuro".
Esse também é um dos significados da palavra "denegrir" ou "denigrir" no dicionário Michaelis:
"ficar ou fazer ficar escuro".No entanto, para quem aponta o racismo no termo, o problema não está na etimologia, nem no significado literal: está no sentido figurado. A segunda definição de "denigrir" no Michaelis é a seguinte: "Manchar(-se) a reputação".
Diferentemente de outros termos racistas que costumavam fazer parte do vocabulário corriqueiro, como "mulata" ou "serviço de preto", a história de "denegrir" não está diretamente ligada à escravidão. Isso não significa que não é racista.
A DPU (Defensoria Pública da União) explicou o porquê algumas expressões são consideradas de cunho racista.
"O longo período de escravidão que o Brasil enfrentou ainda deixa marcas na forma como nos comunicamos. Expressões de cunho racista continuam sendo usadas todos os dias, muitas vezes sem que as pessoas se deem conta do significado profundo do que estão dizendo".
Muitas dessas expressões associam a palavra negro ou preto a coisas ruins.
Já outras, como "inveja branca", fazem boas associações às pessoa de pele clara. Recentemente, uma jornalista se desculpou ao vivo por usar a palavra "denegrir", quando poderia ter usado outro termo.
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