A atriz Carol Castro, de 41 anos, criticou a escolha da Grande Rio de colocar a influenciadora digital Virginia Fonseca, de 26, como rainha de bateria da escola no Carnaval de 2026, em entrevista exclusiva à IstoÉ Gente.
A atriz, que já ocupou o mesmo posto no Salgueiro, classificou como “contraditória” a decisão da escola, lembrando que o enredo será em homenagem ao movimento Manguebeat e às lutas contra desigualdades sociais.
“O que me deixou incrédula foi o fato de, na mesma semana em que a pessoa estava numa CPI falando de bets, de jogos que enriquecem às custas da perda do outro lucrando em cima da desgraça alheia, destruindo famílias, tirando vidas ela aparecer posando como se nada fosse. Não estamos falando de cigarro, bebida ou qualquer outra comparação que tentam fazer para amenizar. Não é sobre isso. Ali, diante das câmeras, dizia que joga, que tá tudo legalizado, quando não está. É calunioso, é mentira. E ainda assim, tudo arrumadinho para passar uma imagem “bonita”, tudo pensado”, começou Carol.
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“Eu fiquei chocada. Pensei: ‘Gente, que Brasil é esse? Que país é esse em que a pessoa tira selfie, tira sarro, ri, repete o que o advogado mandou falar e, três dias depois, está sendo anunciada como rainha de bateria de um samba-enredo?’ Se fosse qualquer outro enredo, talvez eu nem tivesse comentado. Mas justamente um que fala de luta e resistência? É uma hipocrisia absurda. Claro, a hipocrisia não é novidade no nosso país. Mas esse caso me pegou muito. Meu comentário foi nesse sentido: é o retrato do que a gente vive, como naquela madrugada da PEC da impunidade”, seguiu.
Por fim, a artista rechaçou qualquer especulação de que ela queria estar no lugar de Virginia:
“Não tem nada a ver com eu querer ser rainha de bateria da Grande Rio, até porque hoje em dia eu nem teria joelho para isso (risos). Adoro carnaval, adoro samba, mas acredito que esse espaço deveria ser ocupado por alguém da comunidade”.
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