A atriz francesa Brigitte Bardot morreu aos 91 anos neste domingo (28). Ícone do cinema nas décadas de 1950 e 1960, ela se afastou das telas ainda no auge da fama e passou a levar uma vida reclusa no sul da França. Após a morte da atriz, declarações polêmicas feitas por ela ao longo dos últimos anos voltaram a circular nas redes sociais.
Desde os anos 1970, Bardot vivia afastada da vida pública, fazendo raras aparições. Nessas ocasiões, chamou atenção pela aproximação com a ultradireita francesa e por ataques recorrentes à comunidade muçulmana no país, que descreveu como uma “população que está nos destruindo, destruindo o nosso país ao impor os seus atos”.
Por essa declaração, a atriz foi condenada por um tribunal de Paris a pagar multa de 15 mil euros. Entre 1997 e 2008, acumulou seis condenações na Justiça francesa por comentários considerados incitação ao ódio, principalmente contra muçulmanos.
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Em 2022, Bardot voltou a ser condenada, dessa vez a uma multa de 40 mil euros, por insultar moradores da Ilha da Reunião, território francês no Oceano Índico. Na ocasião, chamou os habitantes de “degenerados” e afirmou que eles haviam “mantido seus genes selvagens”.
Em 1992, Brigitte Bardot se casou com Bernard d’Ormale, ex-conselheiro do partido de ultradireita Frente Nacional, posteriormente rebatizado como União Nacional. Ela também declarou apoio a Jean-Marie Le Pen e Marine Le Pen e se afastou de pautas feministas.
Em 2018, durante a repercussão do movimento #MeToo, Bardot criticou denúncias de assédio feitas por atrizes de Hollywood. “Muitas atrizes tentam provocar produtores para conseguir papéis. E então, quando falamos sobre elas, dizem que foram assediadas”, disse à revista Paris Match.
Na mesma entrevista, completou: “Eu achava charmoso quando homens diziam que eu era bonita ou que eu tinha uma boa parte traseira”. Em maio deste ano, voltou a causar polêmica ao comentar o feminismo: “Feminismo não é minha praia; eu gosto de homens”, declarou ao canal francês BFM TV.
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