Durante participação no “Saia Justa”, do GNT, na noite da última quarta-feira, 6, Junior Lima recordou as especulações sobre sua vida pessoal, que deixaram marcas profundas desde a adolescência.
Segundo ele, no fim dos anos 1990 e início dos 2000, eram frequentes os boatos sobre sua sexualidade. A desconfiança de ser gay ou não gerou muita insegurança no cantor.
“Existiram muitos boatos em relação à minha sexualidade na minha adolescência. E isso, para mim, gerou uma série de coisas que, na época, eu não entendia, mas gerou uma insegurança absurda. Por ser um homem, principalmente ali no final dos anos 1990, 2000, que era completamente diferente de hoje em dia, da consciência de hoje”, refletiu.
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“Sempre fui um homem que viveu na arte, que viveu dançando, na música, compondo… É um ambiente extremamente feminino, porque estava o tempo todo com a minha mãe [Noely] e irmã [Sandy]. Então, eu tive uma sensibilidade muito aflorada, era um homem simpático, preocupado com as mulheres ao meu entorno. E isso se voltava contra mim. Naquela época, principalmente”, completou.
Junior destacou, no entanto, que não se importa com a fama de gay, que não tem nenhum preconceito, mas que isso foi tema na análise por anos.
“Era um período muito machista. Então o que isso gerava em mim, e era sempre à base de fofoca, reflete em mim até hoje. Imagina! 20 anos de análise e eu tive que peitar muita coisa e ser muito corajoso para continuar sendo quem eu simplesmente era e não negar a minha sensibilidade, a minha empatia que eu sempre tive.
Sempre fui muito preocupado com o próximo. E isso era confundido, sabe? Um cara que se permitia dançar, como assim? E isso me atrapalha até hoje na minha profissão. Tem gente que tem preconceito comigo até hoje”, completou.
Ônus da fama
Em entrevista exclusiva à IstoÉ Gente, no fim de 2024, Junior Lima já havia falado sobre as consequências de crescer como uma figura pública. Ele admitiu que o ônus do sucesso pesou em alguns momentos.
“Tem o bônus, mas tem o ônus e as pessoas não têm noção, não conseguem dimensionar. Viver isso desde criança… tem que ser uma escolha consciente, porque tem uma série de questões psicológicas sérias envolvidas nisso”, reflete ele, ressaltando que se reinventar aos 40 anos não é para todo mundo.
“Eu passei por umas paradas difíceis, momentos bem complicados de cabeça, então acho que tem que ter muita coragem para fazer o que eu estou fazendo, encarar o mercado como é agora. O jogo não é tão limpo, a gente sabe como funciona. Não é só arte pela arte e aí eu vou mexer em muitos vespeiros aqui [com a mão no peito] dentro.”
Fonte: https://istoe.com.br/junior-lima-recorda-especulacoes-sobre-sua-sexualidade-20-anos-de-analise
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